A bolsa de Nova York fechou sem tendências definidas nesta segunda-feira (16), à espera da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), mas com um novo recorde do Dow Jones.

O principal índice de Wall Street registrou alta de 0,55%, alcançando um máximo histórico no fechamento de 41.622,08 pontos.

Enquanto isso, o Nasdaq recuou 0,52%, a 17.592,13 pontos, e o S&P 500 subiu 0,13%, a 5,633,09.

O último recorde do Dow Jones datava de 30 de agosto.

“O mercado continua agitado”, resumiu Angelo Kourkafas, da Edward Jones, com os investidores concentrados na reunião de política monetária do Fed, nesta terça e quarta-feira.

O mercado se pergunta se o Fed fará um corte nas taxas básicas de juros de meio ponto ou um quarto de ponto percentual.

Seria a primeira redução de um ciclo de flexibilização, depois de a instituição manter os juros altos para combater a inflação nos últimos anos.

Os operadores estimam em 63% a probabilidade de corte dos juros de meio ponto percentual.

“A meta da inflação está ao alcance” e, embora “a economia se fragilize, não patina”, assinalaram os analistas da High Frequency Economics, que apostam em uma redução da taxa de juros de um quarto de ponto percentual.

Segundo Kourkafas, uma redução de um quarto de ponto percentual poderia provocar uma reação negativa da bolsa no curto prazo. Mas, “enquanto a economia evitar uma recessão”, a redução “deveria ser positiva para as ações” no longo prazo.

“Vimos uma rotação das carteiras” de investimento, particularmente para valores da economia tradicional, o que permitiu ao Dow Jones bater um novo recorde, afirmou o analista.

Os valores bancários subiram diante da perspectiva de uma redução dos juros, o que lhes permitirá melhorar suas margens de lucro por créditos.

Goldman Sachs (+1,29%), JPMorgan Chase (+1,73%) e Citigroup (+1,25%) fecharam no azul.

Os valores industriais também subiram, como 3M (+1,07%), Dow (+0,55%) e Honeywell (+0,26%).

O setor de semicondutores registrou queda, com a Nvidia (-1,95%), Broadcom (-2,19%) e Micron (-4,43%) fechando em baixa.

A Intel, no entanto, foi impulsionada em 6,36% pelo anúncio de um contrato com o governo americano, que poderia chegar aos 3 bilhões de dólares.

O Nasdaq foi impactado pela queda da Apple (-2,78%), depois que vários analistas apontaram que o ritmo de encomendas do novo iPhone 16 é menos sustentado que o registrado pelo iPhone 15 em seu lançamento, no ano passado.

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