16/09/2024 - 18:31
Autoridades russas já evacuaram mais de 150 mil da região desde o início de incursão ucraniana em agosto.A Rússia ordenou, nesta segunda-feira (16/09), a evacuação, por motivos de "segurança", de localidades situadas a menos de 15 quilômetros da fronteira com a Ucrânia na região russa de Kursk, onde Kiev realiza uma ofensiva desde o início de agosto.
Essas áreas haviam sido poupadas dos combates até agora, e as autoridades russas não detalharam os motivos da decisão.
"Com base em informações operacionais, para garantir a segurança, o Estado-Maior regional decidiu pela evacuação obrigatória das localidades dos distritos de Rylsky e Khomutovsky, situadas em uma área de até 15 quilômetros da fronteira com a Ucrânia", escreveu no Telegram Alexei Smirnov, governador interino da região de Kursk.
Smirnov também pediu aos cidadãos que "entendam a situação atual" e "sigam as recomendações" das autoridades.
A Ucrânia lançou em 6 de agosto um ataque na região de Kursk que surpreendeu Moscou, avançando dezenas de quilômetros Rússia adentro e tomando dezenas de localidades.
A operação, iniciada mais de dois anos depois do início da ofensiva russa na Ucrânia, é a maior realizada por um exército estrangeiro em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.
Mais de 150 mil pessoas foram evacuadas desde o início da operação, segundo Moscou.
O anúncio foi feito no momento em que a Rússia lançou uma contraofensiva na região, onde recuperou o controle de pelo menos 12 localidades na semana passada. O Exército da Rússia afirmou ainda nesta segunda-feira que recuperou mais duas cidades em Kursk, uma delas perto de Sudzha, principal reduto ucraniano nessa região fronteiriça russa.
Segundo o Ministério da Defesa russo, o grupo militar Sever (Norte) recuperou o controle da pequena cidade de Borki, cerca de 15 quilômetros a sudeste de Sudzha.
Além disso, as tropas russas também recuperaram o controle da aldeia de Uspenovka, que fica na mesma fronteira com a Ucrânia, ao sul de Snagost, um posto fortificado recuperado na semana passada por Moscou.
jps (AFP, EFE)