O ator James Earl Jones, conhecido como a voz de Darth Vader na franquia “Star Wars”, morreu aos 93 anos nesta segunda-feira, 9. Ele foi um dos poucos artistas a ganhar todos os principais prêmios do entretenimento, como da TV (Emmy), música (Grammy), teatro (Tony) e cinema (Oscar) — uma classe conhecida popularmente como EGOT.

De acordo com o site Deadline, agentes de James Earl Jones informaram que ele morreu em casa, em Nova York, nos Estados Unidos.

Jones, que também interpretou o rei Mufasa na animação “O Rei Leão”, da Disney, teve uma carreira prolífica e diversificada ao longo de seis décadas.

Jones começou na carreira nos palcos após servir ao exército americano durante a Guerra da Coréia, nos anos 1950, fazendo sua estreia na Broadway, em 1957.

Já em 1968, ganhou seu primeiro Tony como o protagonista da peça “The great white hope”, papel que lhe rendeu uma indicação ao Oscar em 1970, pela adaptação da obra para o cinema, “A grande esperança branca”.

A estreia no cinema aconteceu em 1964, no clássico “Dr. Fantástico”, de Stanley Kubrick.

Em 1977, o ator participou de “Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança” (“Guerra nas Estrelas”, no Brasil) como a voz do vilão Darth Vader.

Embora a imensa fisicalidade de Darth Vader fosse resultado da atuação do ator britânico David Prowse, a voz sinistra que parecia emanar de dentro do homem mascarado era de Jones.

E foi Jones quem deu à franquia “Star Wars” algumas de suas falas mais memoráveis, incluindo quando ele revela a Luke Skywalker – interpretado por um jovem Mark Hamill – “Eu sou seu pai.”

Hamill usou as redes sociais nesta segunda-feira para compartilhar a notícia da morte de Jones, escrevendo simplesmente: “#Rip dad” (Descanse em paz, pai) com um emoji de coração partido.

Prêmios

O ator também conquistou o público infantil ao dublar Mufasa, o pai do protagonista de “O Rei Leão”, em 1994. Com interpretação e timbre marcantes, ele foi um dos poucos do elenco original a voltar para a nova versão computadorizada, em 2019.

James Earl Jones nunca recebeu uma estatueta, mas ganhou o Oscar honorário em 2012.

Seu último trabalho no cinema foi há três anos, ao retornar a outro personagem, o rei Jaffe Joffer de “Um príncipe em Nova York 2”, com Eddie Murphy.

No teatro, ganhou dois Tony de melhor ator e um honorário.

O Grammy veio na categoria de narração em audiolivro, por “Great American Documents”, em 1977.

O artista também ganhou o Emmy duas vezes, ambas em 1991, por “Conflito em Los Angeles” e “Anjo Maldito”, além de outras seis indicações.