Quem é a nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo

Alexandre Netto/ALMG
Deputada Macaé Evaristo (PT-MG), escolhida pelo presidente Lula (PT) para o comando do Ministério dos Direitos Humanos Foto: Alexandre Netto/ALMG

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu Macaé Evaristo como a nova ministra dos Direitos Humanos e CidadaniaEla será oficializada no cargo nos próximos dias, conforme publicou o petista em suas redes sociais nesta segunda-feira, 9.

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A substituição ocorre devido à demissão de Silvio Almeida, que chefiava a pasta desde o início do mandato do petista, em janeiro de 2023.

Denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro foram reunidas pela ONG Me Too, dedicada a apoiar vítimas de violência sexual, e reveladas pelo site Metrópoles na última semana. Uma delas foi apresentada por Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, o que pesou na repercussão pública da conduta de Almeida.

O presidente Lula (PT) ao lado de Macaé Evaristo (PT), que será nomeada ministra dos Direitos Humanos e Cidadania | Reprodução/Instagram

O presidente Lula (PT) ao lado de Macaé Evaristo (PT), que será nomeada ministra dos Direitos Humanos e Cidadania | Reprodução/Instagram

Quem é Macaé Evaristo

Nascida em 1965 em Minas Gerais, a nova ministra se formou em serviço social pela PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica) e fez mestrado em educação na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), em meio à atuação como professora na rede municipal de Belo Horizonte. Na época, já era filiada ao Partido dos Trabalhadores.

Evaristo chegou à vida pública em 2005, como secretária municipal de Educação da capital mineira, na gestão de Fernando Pimentel (PT). Permaneceu no cargo durante todo o mandato do petista e também no primeiro de Márcio Lacerda (PSB), de 2009 a 2012. De 2013 a 2014, foi secretária nacional de Alfabetização, Diversidade e Inclusão no Ministério da Educação, no governo Dilma Rousseff (PT).

Quando Pimentel assumiu o governo de Minas Gerais, escolheu Evaristo como secretária estadual de Educação, cargo que ocupou de 2015 a 2018. Na conturbada administração, a então secretária ficou na mira de investigações e foi alvo de uma ação de improbidade administrativa do Ministério Público estadual por suspeita de compras superfaturadas de carteiras escolares. Ela fechou um acordo com o MP. Ao mesmo tempo, teve o trabalho reconhecido pela nomeação elevada de concursados e descongelamento de carreiras na educação pública.

A petista disputou uma eleição pela primeira vez em 2018, concorrendo a deputada estadual, mas não se elegeu. Em 2020, foi eleita vereadora de Belo Horizonte com quase 6 mil votos e, em 2022, conseguiu a eleição para deputada estadual, com 50.416 votos.

Seu nome chegou às mãos do presidente por indicação da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que chefia o partido nacionalmente. A parlamentar cobrava a indicação de uma petista ao cargo. Evaristo será a décima mulher à frente de uma pasta na Esplanada de Lula, que tem ao todo 37 ministérios.