A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, descartou a possibilidade de pressionar o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) a tomar medidas que ajudem a aliviar a situação fiscal britânica, ao invés de optar por reformas tributárias. “Eu era economista antes de ser ministra das Finanças e respeito a independência do BoE, ao contrário do governo anterior”, afirmou, ao ser questionada em testemunho na Câmara dos Comuns.
Durante a sessão, Reeves foi questionada diversas vezes sobre os planos do governo do Partido Trabalhista, eleito em 4 de julho, em relação às reformas tributárias que serão anunciadas no orçamento de outubro.
A ministra das Finanças reiterou que a descoberta do rombo e de empréstimos não previstos deixados pelos Conservadores nas contas públicas “complicaram” os planos orçamentários do novo governo. “Estamos respeitando a revisão feita por órgãos independentes da situação fiscal do Reino Unido”, afirmou.
A autoridade evitou comentar diretamente sobre as alterações tributárias que pretende realizar, afirmando que serão anunciadas somente em outubro, mas revelou que o imposto sobre empresas será limitado a 25%, como parte de um “roteiro corporativo” para facilitar a entrada de investimentos. “Isso dará às empresas confiança para crescer”, disse, acrescentando que o teto no imposto corporativo será mantido até o fim do governo Trabalhista.