O saldo das operações de crédito do sistema financeiro cresceu 0,2% em julho, para R$ 6,045 trilhões, informou o Banco Central. No acumulado de 12 meses, o estoque cresce 10,3%.

O saldo de crédito para pessoas físicas avançou 0,9% em julho, na comparação com junho, para R$ 3,733 trilhões. Para empresas, recuou 0,9% na margem, para R$ 2,312 trilhões.

O estoque de crédito livre cedeu 0,1% em julho, na comparação com julho, com baixa de 1,6% do saldo para empresas e alta de 1,0% para pessoas físicas. No crédito direcionado, o saldo total avançou 0,6%.

O total das operações de crédito atingiu 53,8% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 54,0% em junho.

Habitação e veículos

O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 1,1% na passagem de junho para julho, totalizando R$ 1,110 trilhão, informou o Banco Central. No acumulado de 12 meses, a modalidade cresce 12,0%.

O estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoas físicas avançou 1,1% na margem, para R$ 320,946 bilhões. Em 12 meses, cresce 18,4%.

Setores

De acordo com o BC, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária recuou 0,6% em julho, para R$ 53,087 bilhões. No acumulado de 12 meses, ainda há alta de 18,1%.

O saldo para a indústria cedeu 0,1%, para R$ 884,742 bilhões. O montante para o setor de serviços teve baixa de 0,5%, para R$ 1,390 trilhão.

O saldo do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros) cresceu 1,4%, de R$ 4,487 bilhões para R$ 4,552 bilhões.

BNDES

O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas cresceu 0,4% na passagem de junho para julho, somando R$ 413,335 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses, a elevação acumulada foi de 5,3%.

As linhas de financiamento agroindustrial do BNDES recuaram 1,6% em julho, enquanto o financiamento de investimentos aumentou 0,3% e o saldo do capital de giro subiu 7,4%.

Crédito ampliado ao setor não financeiro

O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro cresceu 1,3% em julho, na comparação com junho, para R$ 17,743 trilhões, informou o Banco Central. O montante equivale a 157,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

O saldo do crédito ampliado às empresas cresceu 1,9%, para R$ 6,248 trilhões, equivalente a 55,6% do PIB.

Concessões

De acordo com o BC, as concessões dos bancos no crédito livre cresceram 3,4% em julho, na comparação com junho, para R$ 550,2 bilhões. No acumulado de 12 meses, o crescimento foi de 11,2%. Os dados não incorporam ajustes sazonais.

No crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 10,2%, para R$ 304,4 bilhões e acumulam um crescimento de 12,5% em 12 meses.

Concessões para empresas recuaram 3,9% na margem, para R$ 245,8 bilhões, e avançaram 9,7% em 12 meses.