27/08/2024 - 17:18
A influenciadora Isabel Veloso voltou a movimentar as redes sociais nesta terça-feira, 27, após uma entrevista dada por sua médica, Melina Branco Behne, ao “gshow”. Isso porque a profissional esclareceu que a jovem de 18 anos, que antes dizia sofrer câncer terminal, está em cuidados paliativos, mas não em estado terminal.
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“O quadro clínico da Isabel está estável, o tumor está pequeno, com crescimento estagnado e ainda com o controle importante dos sintomas que ela sentia — que eram dores e falta de ar. Agora, o que está sentindo são as ânsias e os vômitos, comuns no início da gestação”, explicou a médica, ao “gshow”. Vale lembrar, também, que Isabel está grávida de seu primeiro filho.
Em seu próprio perfil, a influenciadora — que, em março, revelou que havia recebido o prognóstico de mais seis meses de vida — falou sobre o diagnóstico atual: “Minha doença era uma doença terminal por conta da data prevista que eu tinha. Eu tinha um tempo estimado de vida e não era certeza que minha doença iria se estabilizar, mas ela se estabilizou. E agora eu não sou uma paciente terminal, sou uma paciente em cuidados paliativos”.
Entenda a diferença entre paciente terminal e paciente em cuidados paliativos
Ao site IstoÉ Gente, Gustavo Schvartsman, oncologista do Hospital Albert Einstein, explica que um paciente que está em cuidados paliativos não está, necessariamente, em estado de terminalidade.
“Qualquer pessoa que tem um câncer avançado já precisa de tratamento paliativo para amenizar sintomas, é isso que o tratamento paliativo quer dizer. E tem até uma mudança de nomenclatura, formalmente instituída. A gente deixa de chamar de ‘cuidados paliativos’, que infere uma terminalidade, e passa a chamar de ‘cuidados de suporte'”, destaca o especialista.
Vale lembrar que, recentemente, Isabel atualizou seu perfil no Instagram de “vivendo com um câncer terminal” para “vivendo com um câncer em cuidados paliativos.
Gustavo explica, ainda, que os cuidados de suporte devem ser introduzidos a partir do momento em que o paciente é diagnosticado com câncer.
Sobre o caso de Isabel, que está grávida, ele também destaca: “Quem está em fase de terminalidade não consegue ter uma gestação viável, porque ‘terminalidade’ implica fase final da vida. Pessoas em cuidados paliativos, a rigor, não costumam engravidar. Mas dependendo do tipo de câncer, a evolução é muito lenta, permitindo uma sobrevida de anos”.
Por fim, Gustavo diz que o Linfoma de Hodgkin, que acomete a influenciadora, costuma ser “bastante curável”. “E quando ele não tem cura, pode-se ter uma sobrevida prolongada, geralmente às custas de tratamento de manutenção. Então se a paciente pode ou não engravidar do ponto de vista físico, depende do tempo da doença e do tratamento que está o caso dela”, conclui.