27/08/2024 - 13:44
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, criticou a pressão do governo americano de Joe Biden em 2021 para retirar conteúdos do Facebook sobre a covid-19 e disse que no futuro resistirá a tentativas similares, segundo uma carta enviada ao Congresso.
Na carta, o fundador do Facebook aborda controvérsias sobre a moderação de conteúdos em suas redes, como a pressão exercida pela administração de Joe Biden em 2021 para retirar algumas publicações sobre a pandemia.
A Casa Branca “repetidamente pressionou nossas equipes por meses para censurar alguns conteúdos sobre a covid-19, incluindo o humor e a sátira”, escreveu Zuckerberg.
“Acredito que a pressão do governo foi ruim, e lamento que não tenhamos sido mais francos em relação a isso”, acrescentou.
A Casa Branca defendeu suas ações durante a pandemia. Nos Estados Unidos, a covid-19 provocou a morte de mais de um milhão de pessoas em meio a batalhas políticas pelas vacinas e as tentativas de limitar a propagação do vírus.
“Ao enfrentar uma pandemia mortal, essa administração incentivou ações responsáveis para proteger a saúde e a segurança públicas”, argumentou um porta-voz da Casa Branca nesta terça.
“Acreditamos que as empresas de tecnologia e outros atores privados devem levar em conta os efeitos que suas ações têm”, acrescentou.
A carta de Zuckerberg foi enviada ao presidente do Comitê Judicial da Câmara de Representantes, Jim Jordan, que já foi um grande crítico do magnata, e foi divulgada pelos republicanos.
“Sinto firmemente que não devemos comprometer os padrões de nossos conteúdos pela pressão de qualquer administração sob qualquer enfoque e estamos prontos para responder se algo assim ocorrer de novo”.
A dois meses das disputadas eleições presidenciais que estão gerando uma grande atenção à desinformação online, os republicanos consideraram a carta como uma vitória.
É uma “grande vitória para a liberdade de expressão’, publicaram no conta do X do comitê controlado por conservadores.
Nos últimos meses, os representantes republicanos no Congresso atacaram as redes sociais e as empresas do setor de tecnologia, alegando que suprimem ou censuram a visão conservadora.
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