O Ministério Público Eleitoral pediu a suspensão da candidatura de Pablo Marçal (PRTB) à prefeitura de São Paulo por abuso de poder econômico. O pedido foi endereçado à 1ª Zona Eleitoral de São Paulo e atende a uma representação do PSB.
De acordo com o documento, Pablo Marçal teria cooptado eleitores para divulgação de cortes nas redes sociais. O pedido leva em consideração uma reportagem do jornal O Globo, que aponta a suspeita de pagamento para os seguidores.
No documento, o promotor Fabiano Augusto Petean elenca as provas de que Marçal teria pago os seguidores. Ele solicitou a quebra de sigilo bancário e fiscal do candidato e a entrega de informações sobre os recursos financeiros destinados.
“Com o máximo respeito, não se sabe de onde vieram os recursos utilizados para alavancar o nome do investigado e tampouco quanto de dinheiro foi utilizado nesse momento. O que se sabe, com o máximo respeito, é que tais atos (típicos de campanha) consumiram recursos financeiros que não poderiam ser gastos nesse momento e, por isso, resta caracterizado o abuso de poder econômico”, afirma o promotor.
Além da suspensão da candidatura, o MP Eleitoral pede a inelegibilidade de Marçal por oito anos.
“Diante dos comportamentos expostos quanto ao abuso do poder econômico, com a devida notificação do requerido para sua defesa formal, e, ao final, que seja julgada procedente a ação de investigação judicial eleitoral para se aplicar as penas, bem como o reconhecimento da inelegibilidade por 08 (oito) anos, com as demais consequências”, completa o documento.
Em nota, Pablo Marçal afirmou não ter financiamento por trás da pré-campanha e disse que a ação é uma tentativa “desesperada da esquerda” de freá-lo.
“Não há financiamento nenhum por trás disso, nem na pré-campanha, nem na campanha. Isso é só uma tentativa desesperada do bloco da esquerda, MDB, PSB, PT e PSOL, de tentar frear quem realmente vai vencer as eleições. Essa manobra só reforça o medo que estão do efeito Marçal, mas eles não vão nos parar”, disse o candidato.