Em menos de 24 horas, a Justiça Eleitoral de São Paulo sentenciou Pablo Marçal (PRTB) a conceder três direitos de resposta a Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário na eleição pela prefeitura da capital, em suas redes sociais. O ex-coach tem um prazo de 48 horas a partir da intimação oficial para fazer as publicações.

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O que aconteceu

As três decisões foram proferidas devido às acusações sem provas feitas pelo candidato do PRTB de que Boulos seria usuário de cocaína. Marçal relacionou o deputado ao consumo da substância ilícita nos dois debates a que ambos compareceram e em postagens no Instagram, onde tem mais de 12 milhões de seguidores.

Nas sentenças, os juízes eleitorais Murillo D’Avila Vianna Cotrim e Rodrigo Marzola Colombini seguiram a mesma interpretação ao considerar que as falas de Marçal extrapolam os limites do questionamento político e ferem a honra de seu adversário.

Marçal minimiza decisões

Nesta segunda-feira, 19, como reportou o site IstoÉ, o ex-coach ignorou a Justiça Eleitoral e voltou a chamar o psolista de “aspirador de pó”, em referência ao uso de cocaína, em declaração dada a jornalistas após debate promovido pela revista Veja.

Sobre os direitos de resposta, a campanha de Marçal afirmou que Boulos deve ao povo outro direito de resposta por ter um “processo em segredo de Justiça até hoje”. “Seria esse processo por alguma questão envolvendo porte de entorpecentes e drogas ilícitas?”, questionou em nota.