O presidente Lula (PT) se manifestou nesta quinta-feira, 15, sobre os embates entre Guilherme Boulos (Psol) e Pablo Marçal (PRTB) nos debates dos candidatos à prefeitura de São Paulo, durante entrevista à Rádio T, de Curitiba (PR).

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O petista afirmou que o debate na política nacional foi contaminado pelo uso massivo das redes sociais nos últimos anos, e defendeu que Boulos ignore as provocações de Marçal.

“O trabalho que o Boulos tem de fazer é não dar importância para um cidadão daquele tipo. Não tem que fazer pergunta para ele nem responder pergunta. Deixa ele falar o que quiser”, declarou.

“O que aconteceu é que a mentira, o ódio e as ofensas ganharam corpo no Brasil. Estamos vivendo este momento muito delicado e, por isso, estou tão preocupado em fortalecer a democracia”, concluiu.

Na quarta-feira, 14, Boulos e Marçal tiveram embate quente com direito a tapa em carteira de trabalho. Em dado momento, Marçal passou a mostrar uma carteira de trabalho à Boulos, o que provocou uma discussão entre os dois fora do ar. O candidato do PSOL chegou a tentar dar um tapa na CLT para tentar tirar o documento das mãos do Marçal.

Sobre a Venezuela

O presidente Lula (PT) também disse nesta quinta-feira, 15, que ainda não reconhece a reeleição de Maduro e afirmou que o chavista deve explicações sobre os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país. O petista ainda sugeriu que sejam feitas novas eleições do país ou que seja formado um governo de coalizão.

“Ainda não [sobre reconhecer a vitória de Maduro]. Ele sabe que está devendo explicação para a sociedade brasileira e para o mundo”, afirmou.

“Tem varias saídas, ou faz governo de coalizão, uma composição. Não quero me comportar de forma apaixonada e precipitada, quero resultados (…) “Se ele tiver bom senso, podia tentar fazer conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições.