TÓQUIO, 14 AGO (ANSA) – O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou que deixará o cargo no próximo mês de setembro, colocando fim a um mandato de três anos marcado por escândalos políticos.
Em coletiva de imprensa, o japonês confirmou que não buscará a reeleição como líder do Partido Liberal Democrata (LDP), o que significará o encerramento de seu período no poder.
“O primeiro passo mais óbvio para demonstrar que o LDP vai mudar é eu me afastar. Não vou concorrer nas próximas eleições presidenciais” do partido, declarou Kishida.
O premiê do Japão enfatizou que tomou “esta pesada decisão com a firma convicção de que a política só é possível com a confiança do povo e que avançaremos com as reformas políticas”.
O Partido Liberal Democrata, que está no poder no Japão quase continuamente desde 1945, deve realizar eleições internas em setembro para designar o seu líder e, portanto, a pessoa que servirá como primeiro-ministro.
Kishida, de 67 anos, está no cargo desde outubro de 2021 e viu a sua popularidade diminuir, severamente enfraquecida pela inflação que atingiu as famílias japonesas e pelos escândalos político-financeiros que afetaram o seu partido.
De acordo com uma pesquisa da emissora japonesa NHK, o índice de aprovação do seu governo permaneceu em torno de 25% este ano.
(ANSA).