‘Paladino do feminismo espancando sua esposa’, diz Milei sobre Fernández

O presidente da Argentina, Javier Milei, se manifestou nesta terça-feira, 13, sobre as acusações contra Alberto Fernández por parte de sua ex-mulher, Fabiola Yañez. Em longa publicação no X (antigo twitter), o líder conservador cita acusações de corrupção contra Fernández e e a as denúncias de violência doméstica contra o ex-presidente, mas não isenta a ex-primeira dama.

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“Alberto Fernández, paladino do feminismo, espancando sua esposa Fabiola Yáñez; isto NÃO significa que FY [Fabiola Yañez] tenha sido cúmplice (especialmente na pandemia) de muitas das aberrações do horrível governo do Kirchnerismo”, escreve Milei.

Milei ainda cita suposições contra Fernández que incluem tráfico de influência, traições contra a ex-primeira dama e uma investigação contra o ex-presidente por corrupção.

Denúncia de agressão

A ex-primeira-dama decidiu denunciar o ex-marido após a imprensa argentina divulgar supostas mensagens trocadas entre Fabiola e a secretária do ex-presidente María Cantero, nas quais ela relatava as agressões sofridas.

Algumas das fotos divulgadas pelo portal Infobae seriam de uma agressão ocorrida em agosto de 2021. Nas imagens, Fabiola aparece com o olho e o braço roxos. Segundo o jornal, as imagens foram mandadas pela ex-primeira-dama para o então marido.

“Isso não funciona assim, você me bate toda hora. É incomum. Não posso deixar você fazer isso comigo quando eu não fiz nada com você. E tudo que tento fazer com a mente focada é defender você e você me bater fisicamente. Não há explicação”, diz a mensagem enviada por Fabiola com as fotos.

Em resposta, Fernández teria pedido para que o casal parasse de discutir.

Após decidir denunciar o ex-marido, o juiz Julián Ercolini proibiu o ex-presidente de deixar o país e também ordenou “medidas de restrição e proteção” contra ele.

O ex-presidente afirmou em um comunicado em sua conta na rede social X que “a verdade dos fatos é outra” e que “é falso e jamais ocorreu” o que lhe é imputado.

Fernández também disse que pela “integridade” de seus filhos, de sua pessoa e “da própria Fabiola” não fará declarações midiáticas e apenas fornecerá “provas e depoimentos que deixarão em evidência o que realmente aconteceu”.

Nesta segunda-feira, 12, a ex-primeira-dama revelou em um depoimento que teria sido pressionada pelo ex-presidente argentino Alberto Fernández a realizar um aborto.

Yáñez e Fernández, que foram casados durante todo o mandato deste último e tiveram um filho em 2022 chamado Francisco, estão atualmente separados. Yáñez vive em Madri com o filho, enquanto Fernández mora em Buenos Aires.

Durante o governo Fernández, Yáñez foi titular da Fundação Banco Nación e não teve papel protagonismo na mídia, da qual fez parte antes de se tornar primeira-dama, quando atuou como jornalista em diversos programas de televisão.