Os familiares e seguidores da presa iraniana e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Narges Mohamadi, expressaram, nesta quinta-feira (1º), sua “profunda inquietação” sobre o seu estado de saúde e exigiram a sua libertação e atenção médica urgente.

A coalizão “Narges Livre” alertou, em um comunicado, a “deterioração do estado de saúde” da ativista de 52 anos, presa na penitenciária de Evin, no Teerã, desde novembro de 2021.

A coalizão informou ter recebido, no dia 30 de julho, os resultados médicos realizados no início do mês, os quais mostram “uma preocupante degradação de sua saúde devido a riscos cardiovasculares, complicações gastrointestinais e uma hérnia de disco”.

Mohamadi foi hospitalizada várias vezes durante sua detenção desde novembro de 2021 e foi submetida a angioplastia e colocação de stent para uma artéria coronária bloqueada, lembra a coalizão.

O stent precisa ser trocado e as análises dos médicos mostram que outras artérias também devem ser tratadas, segundo o comunicado, que acrescenta que Mohamadi também sente intensas dores na coluna e joelho, necessitando de cuidados apropriados “que foram negados até o momento”.

A ativista sofre de lesões no estômago e no esôfago, recorda a coalizão, que exige às autoridades iranianas “libertarem imediatamente Mohamadi e lhe assegurarem o acesso imediato a um médico adequado”.

A vencedora do Prêmio Nobel da Paz 2023 foi condenada e presa várias vezes nos últimos 25 anos pela sua luta contra o véu obrigatório para as mulheres e a pena de morte.

“Ela passou mais de dez anos de sua vida atrás das grades, e as sentenças continuam a ser acrescentadas em retaliação às suas declarações na prisão”, destacou a coalizão.

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