O ex-presidente da executiva municipal do PSDB Fernando Alfredo rebateu as justificativas do partido para expulsá-lo e disse que deve recorrer de qualquer decisão que confirme sua saída. Alfredo ainda negou as acusações de infidelidade e acusou a legenda de “inibir posições políticas”.
Conforme o site IstoÉ mostrou em primeira mão, a cúpula do PSDB se articula para expulsar Alfredo do partido após divergências com membros do diretório nacional e o embate com o apresentador José Luiz Datena, candidato à prefeitura de São Paulo. Na justificativa, a legenda deve apontar a infidelidade e vê a manutenção dele no partido como insustentável.
À reportagem, Fernando Alfredo disse não ter sido notificado sobre a expulsão e alegou que ficou sabendo do caso pela imprensa. Ele afirma não haver conselho de ética municipal para debater o tema e chamou a atual executiva na cidade de ‘biônica’.
“Me estranha muito eles regurgitarem dois assuntos que eu só fiquei sabendo pela imprensa. Não fui, de forma alguma, comunicado oficialmente, uma vez que a essa executiva biônica daqui da cidade de São Paulo não foi eleita em convenção”, afirma.
“Não existe conselho de ética municipal a não ser um grupo que o presidente biônico José Aníbal montou para tentar inibir as minhas posições políticas”, concluiu.
Alfredo tinha se posicionado contra a candidatura de Datena à prefeitura de São Paulo e defendia que o partido apoiasse a reeleição de Ricardo Nunes (MDB). Ele chegou a se colocar como pré-candidato, mas foi barrado pela cúpula da legenda.
Na convenção, realizada no sábado, 27, o ex-dirigente convocou militantes e contratou carro de som para protestar em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Durante o evento, correligionários tentaram invadir o auditório e a Polícia Militar precisou intervir para aumentar a segurança no local.
Alfredo acusou ter sido agredido por seguranças e disse não ter visto a ata que decretou a candidatura do apresentador. O ex-dirigente mantém um recurso na Justiça para barrar a nomeação do candidato e anular a convenção.
“A gente está questionando ainda porque fui impedido de participar. Inclusive, fui agredido pelos seguranças contratados para estarem lá. Enfim, não vi a ata da convenção, inclusive foi me cerceado o direito de participar com o pré-candidato a prefeito”, ressaltou.
