EUA e Japão criticam cooperação militar da Rússia com a China e a Coreia do Norte

Estados Unidos e Japão condenaram, neste domingo (28), a cooperação militar da Rússia com a China e a Coreia do Norte, denunciando as “ações desestabilizadoras” de Pequim, sobretudo no Mar do Sul chinês, em uma reunião entre os ministros da Defesa e das Relações Exteriores de ambos países em Tóquio.

O encontro também serviu para anunciar o fortalecimento dos laços militares e de defesa entre as duas nações, que inclui uma nova estrutura de comando americana no Japão para facilitar ações comuns, uma decisão classificada como “histórica” pelos EUA.

Washington e Tóquio “destacaram com preocupação a crescente e provocativa cooperação estratégica da Rússia” com a China, citando exercícios militares conjuntos perto do Japão.

Também denunciaram o suposto apoio de Pequim a Moscou em sua guerra com a Ucrânia, de acordo com um comunicado conjunto divulgado pela capital japonesa.

Em referência a Pyongyang, os ministros “condenaram veementemente a intensificação da cooperação entre a Rússia e a Coreia do Norte”, como a aquisição por Moscou de mísseis balísticos e outros materiais em tal país para serem utilizados na Ucrânia.

Os ministros americanos e japoneses “reiteraram suas fortes objeções às reivindicações marítimas ilegais da China, à militarização dos territórios reivindicados e às atividades ameaçadoras e provocativas no Mar do Sul da China”, acrescentou a declaração conjunta.

Em coletiva de imprensa, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, garantiu que “a nossa aliança, as outras alianças em que estamos envolvidos, cada uma delas é de natureza defensiva”.

Na mesma linha, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, garantiu que estas parcerias “nunca foram e nunca serão ofensivas, mas infelizmente estas ameaças fortalecem as nossas alianças e nossas associações”.

EUA e Japão acreditam que a China pretende “remodelar a ordem internacional em seu próprio benefício”, o que representa “um grande desafio estratégico” na região Ásia-Pacífico.

Ambos países também expressaram preocupação com “a expansão rápida e constante do arsenal nuclear da China, que continua sem qualquer transparência sobre suas intenções e que a China se recusa a reconhecer, apesar das evidências de domínio público”.

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