27/07/2024 - 7:54
O judô brasileiro estreou na Olimpíada de Paris-2024 com eliminações para rivais japoneses, neste sábado. Integrante mais novo da equipe brasileira, Michel Augusto venceu uma, mas se despediu da disputa na categoria até 60kg logo na sequência, nas oitavas de final. Já Natasha Ferreira foi eliminada logo na estreia, na disputa até 48kg.
Michel fez sua estreia olímpica diante do costa-riquenho Sebastian Sancho. O judoca de apenas 19 anos levou a melhor por waza-ari. Na sequência, ele encarou um desafio mais complicado. Seu adversário, o japonês Ryuju Nagayama tem duas medalhas de bronze em Mundiais. Mesmo assim, o duelo foi equilibrado, decidido apenas no golden score. O brasileiro levou o terceiro shidô (punição) e foi eliminado.
“A gente fica um pouco triste, né? Vim me preparando muito, sacrificando muitas coisas. Na luta, dei meu melhor, fui até o final. Sabia que ia ser bem difícil, mas esperava ter ganhado. Agora, vou fazer mais treinamentos estratégicos para não cometer mais esses erros, que são detalhes que fazem a diferença”, avaliou Michel.
“A competição em si foi como todas as outras, mas o sentimento de subir no degrau do tatame olímpico, com certeza, é diferente. Na primeira luta, senti que estava um pouco travado e fiz muita força, não estava conseguindo colocar técnica, acho que pela tensão. Mas acabei aquecendo na competição. Dei meu melhor em todos os treinamentos e creio que ainda vou conquistar minha medalha olímpica”, projetou o jovem judoca.
Natasha Ferreira, de 25 anos, também fez sua estreia em Jogos Olímpicos neste sábado. Foi a primeira judoca do País a subir ao tatame, com grande desafio pela frente. Ela encarou Natsumi Tsunoda, atual tricampeã mundial e uma favoritas a levar o ouro na categoria até 48kg. A brasileira sofreu um ippon e foi eliminada na primeira rodada.
“Para mim é a realização de um sonho estar lutando, mas infelizmente não consegui concretizar o maior que era a medalha. Isso são Jogos Olímpicos. Não estamos aqui para pegar luta fácil. Então, independentemente de quem viesse, eu sabia que estava bem treinada e, quem quer medalha, tem que ganhar de todo mundo”, comentou Natasha.
Antes do ippon, a japonesa havia obtido um waza-ari. Na sequência, conseguiu uma chave de braço, que fez Natasha bater no chão, finalizando a luta em menos de um minuto de combate. “Essa é só mais uma competição, lógico que são os Jogos Olímpicos, mas ainda tenho muita estrada pela frente e vou batalhar para estar em Los Angeles e conquistar minha medalha. Isso aqui não foi um desperdício. Isso aqui é uma Olimpíada. Então, só de estar aqui é a concretização de muitos sonhos. É triste, mas tenho certeza que não é o fim”, afirmou a judoca.