RIO DE JANEIRO, 26 JUL (ANSA) – O ministro da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, afirmou que a decisão de taxar os chamados super-ricos deve caber a cada país e não a organismos multilaterais, como o G20 ou a ONU.   

A declaração foi dada em entrevista exclusiva à ANSA à margem da reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 no Rio de Janeiro, que se encerra nesta sexta-feira (26).   

“Somos a favor [da taxa contra super-ricos], mas é preciso debater bem a respeito de um princípio que não deve ser colocado em discussão: a propriedade”, disse Giorgetti.   

A presidência brasileira no G20 defende a criação de um imposto mínimo contra bilionários, mas a ideia está longe de um consenso no grupo.   

“Está claro que a decisão de como, quanto e quando taxar é dos Estados nacionais e não pode ser evocada nem no G20, nem na ONU. Esse é um limite preciso que muitos países colocaram e do qual nós não pretendemos abrir mão”, acrescentou.   

Por outro lado, Giorgetti apoiou um imposto mínimo global contra as “grandes multinacionais”, tema “bloqueado por Índia, China e até pela Austrália”. “Então os americanos não dão o aval. E sem Índia, China e EUA, me parece evidente que falta a base tributável. Nós sempre insistimos, com cada vez menos esperanças, na implantação do primeiro pilar da taxação das grandes multinacionais”, destacou. (ANSA).