Marcelo Odebrecht e outros tantos empresários e executivos, pilhados em esquemas bilionários de corrupção pela Operação Lava Jato (R.I.P.), confessaram seus inúmeros crimes e detalharam, com provas materiais e testemunhais, o caminho do dinheiro – pago e recebido – durante os anos de suas atividades criminosas.

Lula, patuleia e demais comparsas, à época investigados, processados e condenados por corrupção, lavagem de dinheiro, associação criminosa etc., negavam os fatos, acusando os delatores de estarem mentindo, mesmo sendo aliados e parceiros íntimos, há décadas, como Antonio Palocci e o próprio Emílio Odebrecht, pai de Marcelo.

Os petistas também sempre defenderam o pai do Ronaldinho dos Negócios, a despeito de a realidade impor de forma inquestionável os fatos, igualmente deixando de enfrentar o óbvio (provas e testemunhos), tergiversando para alegações de pressão sobre os delatores e jamais enfrentar e refutar as provas materiais existentes.

BOLSONARO

O caso de objetos de valor e joias, em tese, contrabandeadas e vendidas ilegalmente por Jair Bolsonaro, ou melhor, por seus assessores diretos como o ex-ajudante de ordens Coronel Mauro Cid e o advogado da família, Frederick Wassef, é tratado de maneira absolutamente igual pelo ex-presidente, família e bolsonaristas fanáticos.

A despeito do testemunho de pessoas insuspeitas – nenhum petista, comunista e sei lá quais outros “istas” -, como os já citados acima, ou ainda, de um general (Mauro Lourena, pai de Cid) de absoluta confiança do “mito”, e provas materiais dos supostos crimes (mensagens, recibos, documentos oficiais), a negação do óbvio prevalece.

O patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias, compradas com dinheiro vivo e panetones de chocolate, socorre-se em palavras de ordem e chavões juvenis contra o STF, a PF e até mesmo Lula e o PT, fugindo do tema como o diabo foge da cruz, mas jamais contradizendo ou combatendo as dezenas de provas irrefutáveis.

ME ENGANA QUE EU GOSTO

O “mito” ampara-se nos valores das peças, corrigidos pela Polícia Federal (informados erroneamente), de R$ 25 milhões para quase R$ 7 milhões, como se o fato apagasse o provável crime cometido. Ou ainda, alega a devolução das mesmas – “está tudo no patrimônio da União” – no intuito de encerrar o acontecido.

Há o testemunho da entrega de milhares de dólares, em dinheiro vivo; há os testemunhos e os recibos da venda e recompra ilegal das peças surrupiadas; há provas materiais do uso de aeronave oficial para o transporte destas joias; enfim, não há como escapar das acusações de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Se a Procuradoria Geral da República aceitar a denúncia da PF e encaminhá-la ao Supremo, Bolsonaro poderá pegar até 25 anos de prisão. Se os ministros forem bonzinhos e reduzirem as penas em mais da metade, ainda assim, o maníaco da cloroquina será condenado a mais de 8 anos de tranca (regime fechado). Isso é imutável.