Há quatro anos, a Nintendo estava de volta oficialmente ao Brasil, em meio ao sucesso de seu videogame Switch – hoje com 141 milhões de unidades vendidas. De lá para cá, a companhia tem como meta fortalecer sua marca por aqui, mas por etapas.

Primeiro, a “Big N” trouxe sua loja online, os videogames de forma oficial, depois os jogos e aumentou o trabalho de tradução deles.

“O Brasil é uma das maiores prioridades que temos em Latam porque é um mercado que tem muito potencial”, afirma Romina Whitlock, diretora de marketing da Nintendo na América Latina, ao site IstoÉ.

Nintendo: mercado brasileiro tem potencial para ultrapassar o México e ser número 1 Latam
Romina Whitlock, diretora de marketing da Nintendo na América Latina – Crédito: Mauro Balhessa/IstoÉ

Para ela, ao trazer um produto oficial, os preços tendem a baixar. Isso ajuda a empresa a se desenvolver e crescer no País.

“O Brasil, somente pelo seu tamanho de população, deveria ser o número 1 de toda América Latina, mas hoje está atrás do México (em vendas).”

Nintendo: mercado brasileiro tem potencial para ultrapassar o México e ser número 1 Latam
Estande da Nintendo na Gamescom Latam – Crédito: Mauro Balhessa/IstoÉ

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Localização

A Nintendo ainda é muito criticada pelos seus fãs por não traduzir seus jogos para o português brasileiro, ou a chamada localização, que inclui também aspectos intrínsecos da nossa língua, como pequenas gírias ou formas de falar. Atualmente, grandes publicadoras de jogo fazem isso há anos, assim como games às vezes com apenas um desenvolvedor.

No entanto, a Nintendo está mudando de fase nesse sentido. Hoje há dez jogos localizados especificamente para o Brasil. A maioria dos próximos lançamentos já sairão traduzidos. Caso do novo Zelda (Echoes of Wisdom), que terá o primeiro jogo localizado da franquia para o Brasil, além do novo Mario & Luigi (Brothership), um RPG, que certamente terá muito texto.

Nintendo: mercado brasileiro tem potencial para ultrapassar o México e ser número 1 Latam
The Legend Of Zelda-Echoes Of Wisdom – Crédito: Divulgação

“Estamos trabalhando há muito mais tempo do que vocês veem. Isso é uma necessidade. Não só queremos manter os fãs que gostam de jogar Nintendo, mas também atrair novos. E esse trabalho toma muito tempo porque fazemos detalhadamente.”

Futuro

O futuro da companhia está definido com o sucessor do Switch, que deve ser anunciado até o fim de seu ano fiscal atual da companhia, em março de 2025.

Para o Brasil, a ideia é que a casa do Mario siga de bem e crescendo com os seus fãs para a próxima geração.

Além disso, há a possibilidade de ver por aqui lojas ou amiibos (bonecos de personagens de jogos Nintendo), por exemplo, mais interação com o publico nacional e lançamentos no chamado “day one” ou no mesmo dia de outros mercados grandes, como Japão, Europa e Estados Unidos.

“Eu quero trazer para o Brasil tudo o que temos nos Estados Unidos.”

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amiibo Cat Mario – Crédito: Divulgação