Burkina Faso, Mali e Níger anunciaram neste sábado (6) a formação de uma “confederação” que fortalece a aliança entre estes três países da África Ocidental, governados por militares que chegaram ao poder através de golpes de Estado.

Os líderes dos três países “decidiram dar mais um passo em direção a uma maior integração” e para isso assinaram “um tratado que cria uma confederação entre Burkina Faso, Mali e Níger, denominada Confederação dos Estados do Sahel”, afirma um comunicado final da cúpula tripartite realizada em Niamei, capital do Níger.

O comunicado mantém a sigla AES para se referir à nova confederação, que surge da Aliança de Estados do Sahel criada em setembro de 2023 por esses três países, onde os militares assumiram o poder entre 2020 e 2023 e que enfrentam há anos violências jihadistas.

Em janeiro, os membros da AES anunciaram sua saída da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), por considerá-la fortemente influenciada pela França, a antiga potência colonial com a qual multiplicaram gestos de ruptura.

A cúpula deste sábado confirmou essa direção. “Nossos povos viraram as costas de forma irrevogável à Cedeao”, declarou o presidente do Níger, Abdourahamane Tiani, ao abrir a cúpula.

Os três países, com uma população total de 72 milhões, estão localizados na região do Sahel, uma longa faixa semiárida que se estende ao sul do deserto do Saara.

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