Em busca de diálogo sobre mudanças na era da inteligência artificial, a diretoria de Inclusão Digital e Inovação da OABRJ convidou a diretora executiva da TA Consultoria, Ticyana Arnaud, para o II Fórum OAB-RJ de Direito, Tecnologia e Inovação, que acontece no Plenário da OAB-RJ no dia 5 de julho (6ªf).

Com duas perguntas que estão concentrando os debates – “E ‘AI’? Entre Códigos e Codificação – O que Esperar do Direito na Era da Inteligência Artificial?”—, está na pauta uma questão que amplia o olhar para o mercado de trabalho, o Painel Diversidade e Inclusão, quando a Professora Titular de Sustentabilidade na Gestão de Pessoas no MBA da Faculdade Estácio pretende abordar a importância das oportunidades para pessoas diversas dentro das empresas.

“Precisamos trabalhar além das redes sociais e buscar um diálogo com o mercado corporativo, para que a inclusão seja um processo natural dentro das empresas, para que todos tenham poder de fala na sociedade, mas também dentro das corporações”, reflete a consultora de carreira que no dia 11 de julho palestra na PWN Luanda, instituição em Angola da PWN Global, que promove o desenvolvimento profissional de mulheres através de práticas reconhecidas a nível internacional.

E complementa, para quem deseja entender melhor sobre o tema, indico o livro A empresa Antirracista, de autoria do Mauricio Pestana, que em 2021, no seu lançamento, apresenta números importantes para a gestão em contratações nas empresas públicas e privadas. Diz o autor: “Atualmente, 4,9 milhões de pessoas estão alocadas nas instituições que prestam serviços ao poder público municipal. De acordo com os resultados do estudo, dentro desse contingente, a população negra continua sendo a mais vulnerável às desigualdades. Por exemplo, entre as empresas que buscam promover a igualdade em seu quadro de funcionários, 28,3% possuem políticas voltadas para pessoas com deficiência, 17% para mulheres, 9,4% para pessoas com mais de 45 anos, e apenas 8% para negros. Os dados não diferenciam muito de outra pesquisa realizada também pelo Ethos – Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas — em que os negros estão nos últimos patamares e, embora as mulheres estejam em maior patamar quando comparadas com outros grupos, como LGBTQI+ e negros, quando a pesquisa analisa mulheres negras, percebe-se o patamar mais baixo dos pesquisados. Em resumo, as mulheres negras são as mais discriminadas nos critérios salário e promoção”.