Campeão da Copa do Brasil sob o comando de Dorival Júnior no São Paulo e parceiro de Marquinhos no Paris Saint-Germain e nos últimos amistosos da seleção brasileira, Beraldo não se ilude e vê a disputa por posição na defesa da equipe que iniciará a Copa América em aberto. Não esconde, contudo, o otimismo por estar em campo diante da Costa Rica, segunda-feira.

“É um sonho jogar ao lado do Marquinhos no Paris Saint-Germain e agora na seleção brasileira também. É um ídolo para mim, um cara que me inspiro muito, o zagueiro ideal no futebol”, elogiou o companheiro. “Ele tem liderança em todos os aspectos e no vestiário. Uma honra e sonho que estou vivendo e estou aprendendo de todas as formas para que me torne tão grande como ele”, disse Beraldo nesta segunda-feira, em Orlando.

Espera que a sonho continue, mas sem pressão. “A titularidade está em aberto, tem uma semana para definir quem começa contra a Costa Rica e não acho que levo vantagem (por já conhecer o técnico e o parceiro de clube). Temos de mostrar nos treinos, em disputa sadia entre todos. Acredito que não é por conhecer o Marquinhos e o Dorival que teria mais oportunidade”, explicou.

O fato de estar inteiro, porém, é uma vantagem. Gabriel Magalhães se recupera de lesão no ombro e Éder Militão voltou ao Real Madrid somente nos últimos jogos da temporada, após grave lesão no joelho, ainda carente de ritmo de jogo.

Quem entrar na defesa terá de apagar a má impressão defensiva dos amistoso, com seis gols sofridos em quatro jogos. O quesito causa preocupação da torcida, mas os jogadores pedem calma por ser início de trabalho de Dorival Júnior.

“Acredito que é questão de tempo, não em uma convocação vamos aprender todos os ensinamentos do Dorival. Sabemos (ele e o goleiro Rafael) um pouco mais do que deseja por termos trabalhado um ano com ele no São Paulo. Até podemos ajudar outros companheiros. A seleção sofreu os gols e agora pode ver o que errou, temos uma semana ainda de trabalho para que esses erros não aconteçam na competição.”

Na visão do zagueiro de 20 anos, definir os gols sofridos como preocupação é muito forte no atual estágio da seleção brasileira. “Não é preocupação a palavra certa, é um ajuste a se fazer. Eu acho que não defendemos só com linha de quatro e os volantes, e sim com todo mundo e isso Dorival sempre fala. Se todos se entregarem um pouquinho a mais, vamos manter a organização defensiva.”