“Mau” e “Deco” seriam membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) que controlam a Cracolândia, no centro de São Paulo.

Ambos são donos de hotéis na região e utilizavam os estabelecimentos para lavar dinheiro do tráfico de drogas, segundo divulgado pelo Metrópoles. Os dois estão foragidos.

Marcelo Carames, conhecido como “Mau”, teria assumido a administração dos estabelecimentos do PCC em novembro de 2021. Adilson Gomes da Silva, “Deco”, por sua vez, seria seu braço direito.

Eles, que estariam no comando do crime organizado na região, seriam ajudados pelas suas companheiras.

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Operação Downtown

Os hotéis foram alvo da terceira fase da chamada “Operação Downtown”, deflagrada na quinta-feira, 13. A medida ocorreu após um ano de investigações pelo Denarc.

Ao todo, os policiais encontraram 28 hospedagens que eram usadas para lavagem de dinheiro da facção. A Justiça autorizou o bloqueio de 26 contas de pessoas jurídicas e físicas envolvidas no esquema.

Na ação, joias, armas, drogas e mais de R$ 27 mil em espécie foram apreendidos. Além disso, um laboratório de drogas foi descoberto em São Lourenço da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

A operação registrou 14 detidos durante o cumprimento dos 140 mandados de busca e apreensão autorizados pela Justiça.

A primeira fase da operação ocorreu em junho do ano passado, com 27 mandados de busca e apreensão e 33 presos. A segunda fase terminou com cinco presos e R$ 43 mil apreendidos.

Como funcionavam?

A polícia explica que os estabelecimentos funcionavam não apenas para o armazenamento de drogas, mas, também, como o ponto de partida para as operações fraudulentas numa espécie de “rede colaborativa” para dar aparência de licitude ao esquema.

“Nós conseguimos fazer o raio-x de como o dinheiro entra ficticiamente nessa movimentação para que no final deságüe em algumas empresas controladas pelo crime organizado”, afirmou o diretor do Denarc, Ronaldo Sayeg, em coletiva de imprensa.

Acusados

O espaço fica aberto para a manifestação dos acusados.