O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta sexta-feira, 31, sem conseguir se beneficiar do alívio nos juros dos Treasuries após o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) apontar inflação mais comportada nos EUA. Dados de atividade fracos na China desencorajaram a busca por commodities na sessão.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para julho encerrou em baixa de 0,88%, a US$ 2.333,90 a onça-troy, com perda de 0,02% na semana. Em maio, o ativo computou valorização de 1,08%.

O PCE, métrica inflacionária preferida do Federal Reserve (Fed), subiu à taxa anual de 2,7% em abril, em linha com o esperado pelo mercado. Sem novidades, investidores reforçaram a aposta de que a autoridade monetária abrirá o ciclo de relaxamento monetário em setembro, conforme indicou a plataforma de monitoramento do CME Group.

Apesar disso, o ouro teve dificuldades para se firmar no positivo, em aparente realização de lucros depois de ter renovado recorde várias vezes durante o mês. Houve impacto negativo também do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China, que recuou a 49,5 em maio, segundo o escritório oficial de estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês).

O metal precioso segue sensível às perspectivas para a política monetária americana, diante da contínua postura cautelosa de dirigentes do Fed. “O ouro exibe sinais de que se acomodou em uma faixa ampla enquanto aguarda mais pistas sobre o cronograma e profundidade dos cortes de juros do Fed”, diz o Saxo Bank.