As fortes chuvas e inundações que assolaram o Rio Grande do Sul no final de abril e início de maio de 2024 causaram estragos históricos, com milhares de desabrigados, prejuízos bilionários e, infelizmente, dezenas de mortes. A influenciadora Hana Khalil aponta que a tragédia é resultado das mudanças climáticas e da falta de ações efetivas por parte do poder público.

“O Rio Grande do Sul embaixo de uma enchente recorde não é uma catástrofe isolada e nem um acidente natural. É a nova realidade que os institutos de meteorologia já vinham avisando. Os desastres serão cada vez mais agressivos, mortais e devastadores”, afirma.

A influenciadora destaca que este é o quarto desastre climático de grande escala a atingir o Rio Grande do Sul em apenas um ano. No entanto, medidas não foram tomadas para que a tragédia fosse evitada. “O que faltava pro poder público começar a criar políticas públicas pra evitar mortes, perdas e danos irreversíveis nesse cenário? Não dá mais pra agir como se tudo isso fosse um grande imprevisto, uma grande surpresa. Nada foi feito mesmo com avisos”, diz.

Hana reforçou as observações de Márcio Astrini, que culpa diversos fatores pelas tragédias climáticas. O secretário executivo do Observatório do Clima, destaca que a responsabilidade não recai apenas sobre os governos federal e estadual, mas também sobre o Congresso Nacional. Segundo ele, os desastres são consequência da omissão do Poder Executivo em áreas cruciais e do retrocesso ativo promovido pelo Poder Legislativo.

“Todo ano o governo do Rio Grande do Sul fica extremamente espantado que as chuvas são intensas. O governo do Rio de Janeiro fica super surpreso quando acontece em Petrópolis. É uma surpresa em São Sebastião (SP), no norte de Minas Gerais, em Recife (PE), no sul da Bahia. Só que acontece que já faz nove anos consecutivos que as médias de temperatura do planeta são as mais quentes já registradas. Não tem mais surpresa. A gente precisa se preparar para isso”, pontuou ele.

Em meio a essa realidade, a influenciadora enfatiza a necessidade de ações imediatas por parte do poder público para se adaptar às mudanças climáticas. “Além da água da chuva, vimos fotos desesperadoras do nível de água muito alto, porque uma barragem se rompeu, piorando muito mais a situação. Quanto mais continuar sendo ignorada, mais isso vai acontecer com muita gente no Brasil e no mundo. Precisamos de medidas de readaptação urgente”, declara Hana.