A empresa americana Spirit Aerosystems, subcontratada da Boeing e também acusada de problemas de qualidade na produção das aeronaves, informou, nesta terça-feira (7), que continuará a produzir apenas trinta aviões Boeing 737 por mês até o fim deste ano.

“No final de 2023, a empresa se preparou para um aumento esperado nas taxas de produção, mas que agora foi adiado”, disse a Spirit Aerosystems em um comunicado de imprensa para divulgar os resultados do primeiro trimestre.

“O ritmo de produção do Boeing 737 está atualmente em cerca de 31 aviões por mês, (…) e deverá se manter neste nível até o fim deste ano”, acrescentou.

A Spirit AeroSystems explicou que realizou com a Boeing “uma verificação conjunta para garantir a qualidade dos produtos antes do transporte” até a fábrica de montagem final da aeronave em Renton (no estado de Washington, noroeste).

De acordo com Pat Shanahan, CEO da Spirit, “as medidas adotadas para fortalecer a conformidade dos produtos foram muito importantes”.

“A decisão foi tomada para mudar fundamentalmente o processo de inspeção”, disse ele, durante conferência com analistas.

Contactada pela AFP, a Boeing não se pronunciou de imediato.

A fabricante americana planejava aumentar ainda mais a taxa de produção do modelo 737, seu carro-chefe, para atingir a meta de cinquenta exemplares por mês em 2025/2026.

Mas uma série de problemas de produção no ano passado e um incidente em um voo envolvendo um 737 MAX 9 da Alaska Airlines em 5 de janeiro resultaram na abertura de uma investigação pela Agência de Aviação Civil dos EUA (FAA).

A entidade reguladora decidiu, entre outras coisas, congelar o ritmo de produção ao nível do final de 2023 (38 aeronaves por mês).

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