O Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de Verônica Silva e Priscila Silva, primas de Gal Costa, para que o testamento escrito pela cantora em 1997 tivesse validade. As informações são do G1.
Na época a artista ainda não havia adotado o filho Gabriel Costa, de 18 anos, e havia feito um pedido para que a herança fosse destinada a criação da Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura, cuja gestão ficaria sob responsabilidade das primas.
Na ação, as parentes da cantora afirmavam que Gal teria sido coagida em 2019 por Wilma Petrillo a revogar o documento. Ao negar o pedido das primas, o juiz da 12ª Vara da Família da capital explicou que o testamento de 1997 foi rompido automaticamente quando o filho passou a integrar a família.
“Ainda que se pudesse eventualmente discutir a ocorrência de coação […], é fato que o primeiro testamento é anterior à adoção do filho, e, portanto, foi rompido com a superveniência do descendente”, escreveu o magistrado.
Filho adotivo fez acordo para criar fundação
Apesar da negativa da Justiça nesta ação, Gabriel Costa já havia feito um acordo com as primas da mãe no início deste mês para que a Fundação Gal Costa de Incentivo à Música e Cultura fosse criada.
Gabriel concordou em criar a fundação após a conclusão do inventário, que definirá como a herança de Gal será distribuída – ela é alvo de disputa entre ele e Petrillo. Segundo o acordo, os recursos para a fundação seriam provenientes da parte da herança de Gabriel e de possíveis parcerias públicas ou privadas ainda não discutidas.
Disputa pela herança de Gal Costa
No último dia 22, Petrillo, viúva de Gal Costa, solicitou uma audiência de conciliação urgente com Gabriel. A audiência, no entanto, ainda não tem data marcada.
A advogada de Petrillo, Vanessa Bispo, informou ao Estadão que a audiência tem como objetivo “reunir mãe e filho para que possam resolver suas diferenças”.
Petrillo alega que mantinha uma união estável com Gal e, portanto, é sua herdeira. Gabriel inicialmente reconheceu essa condição diante de um juiz, porém posteriormente voltou atrás e entrou com uma ação para anular o documento, argumentando que elas não viviam como um casal.
“Ela virou empresária da minha mãe, realmente. Elas começaram a morar juntas, só que sem nenhum tipo de relacionamento além da amizade e do trabalho”, disse o filho da cantora em entrevista ao Fantástico.
Gabriel entrou com um processo para reivindicar o direito à herança da mãe. Ele contesta a fração pretendida pela ex-empresária de Gal – e apresentada pela imprensa como sua viúva – Wilma Teodoro Petrillo. O processo corre em segredo de justiça no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Em agosto de 2023, Wilma foi nomeada como inventariante dos bens deixados por Gal. Naquele momento, Gabriel, ainda menor de idade, ficou sob a guarda temporária da empresária.
Antes disso, em julho do mesmo ano, a Justiça de São Paulo convocou o filho de Gal Costa, Gabriel Costa Penna, para reconhecer se havia ou não uma união estável entre a cantora e Wilma Petrillo, depois da Defensoria Pública se posicionou contrária à confirmação do relacionamento. Wilma, então, fez um novo pedido de reconhecimento da união.
* Com informações do Estadão Conteúdo