Poliana Okimoto, única medalhista dos esportes aquáticos do Brasil nos Jogos do Rio com o bronze na maratona, afirma que os atletas serão prejudicados com a prisão de três dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) pela Polícia Federal nesta quinta-feira, na operação Águas Claras.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal investigam indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de incentivo ao esporte. As investigações apuram o destino de R$ 40 milhões que foram repassados pelo Ministério do Esporte.

“Infelizmente, os atletas vão pagar pelos erros dos dirigentes”, diz a medalhista. “No dia a dia, os atletas vão ficar inseguros, com medo do que vai acontecer. Somos os últimos a saber”, reclama.

Poliana foi uma das signatárias de um pronunciamento oficial dos atletas sobre a crise na CBDA divulgado nesta sexta-feira. Um dia depois da prisão de Coaracy Nunes, presidente afastado, e de outros membros da entidade, 13 medalhistas olímpicos da natação brasileira pediram “eleições mais democráticas e legítimas com a maior brevidade possível”.

“Nós fizemos um grupo de medalhistas olímpicos dos esportes aquáticos com a intenção de ajudar na evolução das modalidades. A gente achou necessário divulgar uma nota grupo”, explica Poliana.