O presidente Maurício Galiotte quer terminar até o fim do próximo ano a devolução dos R$ 146 milhões emprestados ao Palmeiras pelo seu antecessor, Paulo Nobre. Mais da metade do valor já foi reembolsado e o intuito do atual dirigente é zerar todas as dívidas antes do fim da gestão.

Nobre tem ainda R$ 65 milhões a receber. O Palmeiras já devolveu ao ex-presidente R$ 81 milhões, valor obtido principalmente com a receita pela assinatura de contrato com o Esporte Interativo e pela venda de Gabriel Jesus ao Manchester City.

Ainda quando estava na presidência, Nobre emprestou o dinheiro ao clube em mais de uma ocasião, ou como fiador de empréstimos bancários ou como o próprio credor. A previsão inicial era de que o investimento feito pelo ex-dirigente levasse entre dez e 15 anos para ser totalmente quitado. Porém, segundo o Palmeiras, em dois anos o valor será abatido, já que o clube tem apresentado superávit.

O Palmeiras separou os débitos em dois fundos criados para devolver o investimento. Uma das partes, de R$ 43 milhões, foi quitada no fim de março, com parcelas fixas de R$ 400 mil por mês. Resta a outra, de R$ 103 milhões, alimentada mensalmente por 10% da renda bruta.

Nobre se afastou da política do Palmeiras depois de romper com Galiotte, que foi vice na sua gestão. Os dois tiveram divergências sobre o apoio à candidatura ao Conselho Deliberativo da dona da Crefisa, Leila Pereira.