A influenciadora Fabiana Justus, filha do empresário Roberto Justus, está internada desde o dia 26 de janeiro após diagnóstico de leucemia mieloide aguda.
Em fase de tratamento quimioterápico, ela não pode mais amamentar seu filho Luigi, que está prestes a completar 6 meses, e é fruto do seu casamento com empresário Bruno Levi D’Ancona. Ela também tem duas meninas, as gêmeas Sienna e Chiara, 4 anos.
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“Hoje meus médicos me deram o presente de poder ver meus filhos. Foi na hora certa, porque a saudade não estava mais suportável! Nem sei descrever os meus sentimentos de hoje direito. É um mix de extrema felicidade de estar com eles com extrema tristeza de ter que dar tchau por mais um tempo”, disse ela sobre a primeira vez que recebeu a visita deles no hospital.
“Estou emocionalmente esgotada, mas com o coração quentinho. Tive meu momento com o Luigi [filho mais novo] de manhã, dei mamá na mamadeira pela primeira vez, brinquei, e à tarde com as meninas. Jogamos, pintamos, conversamos. Graças à Deus conseguimos deixar o ambiente leve para eles. Eles não sentiram e agora, bora continuar essa batalha. Por eles. Para eles. Por nós. Por essa família que eu tanto amo”, completou Fabiana.
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Por que as mães não podem amamentar durante a quimioterapia?
Em entrevista para a IstoÉ, Mariane Gennari, médica hematologista pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), ressaltou que as mamães não podem amamentar os bebês pois eles não têm a imunidade das doenças e vacinas completas – sendo assim um dos principais desafios para elas.
“A quimioterapia para leucemia aguda leva a diminuição importante da defesa da mãe e o bebê ainda não tem a imunidade das doenças e precisa seguir o calendário vacinal. Como a mãe em tratamento está com a defesa baixa, isso aumenta o risco de infecções. Algo que aprendemos com a pandemia é utilizar os aparelhos de tecnologia e essas chamadas de vídeo acabam ajudando, infelizmente o toque que é importante, nas fases que a defesa está baixa é de alto risco para a mãe”, explicou.
“Um dos quimioterápicos utilizados no tratamento é de uso endovenoso durante 24 horas, e precisa ficar sem amamentar por 24 a 48 horas depois do uso, o que acaba inviabilizando a amamentação durante o tratamento. Poucas medicações ainda são contraindicadas para a amamentação, mas os quimioterápicos utilizados no tratamento da leucemia aguda são uma delas que tem contraindicação formal”, completou.
É necessário suspender a amamentação pois a quimioterapia é liberada pelo leite materno e, como são drogas que diminuem as células do sangue, o bebê acabaria sendo prejudicado, afetaria a produção das hemácias, neutrófilos e plaquetas, além de outros efeitos colaterais inerentes à medicação. A profissional ressalta que não existem atualmente estudos que indiquem a manutenção do aleitamento materno nesse período.
Fabiana Justus tem compartilhado sua rotina no hospital através dos seu perfil do Instagram e recebe inúmeras mensagens de apoio da família, amigos e fãs.
A médica hematologista ressalta que essa rede de apoio é fundamental “porque as internações são prolongadas e é um período de muita angústia pela distância física e pelas incertezas do início do tratamento, além do risco de complicações como infecções nesse primeiro momento. Por isso, é essencial que essas mulheres recebam esse tipo de atenção e cuidado”.