27/03/2017 - 11:44
ROMA, 27 MAR (ANSA) – A Comissão Italiana para a Unesco candidatou nesta segunda-feira (27) o cultivo das trufas, fungo utilizado na culinária do país, para a lista de Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO. Além do famoso alimento, a “Perdonanza Celestiniana”, ritual religioso que acontece anualmente em Áquila, também foi inscrito.
O dossiê, enviado a Paris pela cidade de Norcia, na região da Úmbria, instruiu os ministérios dos Bens Culturais e das Políticas Agrícolas a destacar a importância da vocação agrícola nos territórios atingidos pelo terremoto do ano passado, além de reconhecer a tradição das trufas.
“No mundo, o ‘tartufo’ é um dos alimentos mais poderosos, símbolo da qualidade ‘Made in Italy’, por isso apoiamos essa experiência de torná-las Patrimônio Mundial. Esse é um novo passo para promover nosso modelo agrícola, que se caracteriza pela singularidade de nosso know-how, de nossa cultura e de nossos produtos”, explica o ministro das Políticas Agrícolas Alimentares e Florestais, Maurizio Martina.
Com voto unânime da Comissão, “A Cultura das Trufas”, como foi batizado o nome do dossiê, teve candidatura proposta para 2018 e será avaliada no ano seguinte. Já a candidatura da “Perdonanza Celestiniana” como Patrimônio Imaterial, que foi feito pela segunda vez, será avaliado em Paris a partir deste ano, e tem resultado previsto para 2018.
A Confederação Nacional de Cultivadores Diretos (Coldiretti) declarou que as candidaturas são “um sinal de atenção que chega após a inauguração da Feira da Trufa de Norcia, no último dia 24 de fevereiro, feita por [primeiro-ministro da Itália] Paolo Gentiloni, que destacou a importância de relançar o turismo nas zonas atingidas pelo terremoto”.
Atualmente, também está em análise na Unesco como candidata a Patrimônio Imaterial, a “A Arte dos Pizzaiolos Napolitanos”.
Segundo Pier Luigi Petrillo, especialista jurídico e curador do dossiê de candidatura, o resultado dessa avaliação será revelado entre os dias 4 e 8 de dezembro, em Seul, capital da Coréia do Sul. (ANSA)