Veja quais aliados de Bolsonaro foram alvos de operação da PF

Veja quais aliados de Bolsonaro foram alvos de operação da PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 8, que apura tentativa de golpe de Estado. Segundo a determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Bolsonaro deve entregar o passaporte e não fazer contato com os demais investigados.

+ Bolsonaro é alvo de operação da PF e tem 24 horas para entregar passaporte

+ Lula afirma acreditar que não seria possível tentativa de golpe de Estado sem Bolsonaro

Por meio das redes sociais, o advogado Fabio Wajngarten informou que o ex-presidente “entregará o passaporte às autoridades competentes”. “[Bolsonaro] já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados”, completou.

Outro advogado de Bolsonaro, Paulo Amador, informou que o passaporte ainda será entregue dentro das 24 horas previstas no mandado. O documento estaria em Brasília, e não em Mambucaba com o ex-presidente.

De acordo a PF, a Operação Tempus Veritatis apura uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder.

Além do ex-presidente, aliados políticos foram alvos da ação. São eles:

  • General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
  • O ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) General Augusto Heleno;
  • Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça.
Veja quais aliados de Bolsonaro foram alvos de operação da PF

General Braga Netto (à esquerda), General Augusto Heleno e Anderson Torres (à direita)

  • O ex-ministro da Defesa General Paulo Sérgio Nogueira.
General Paulo Sérgio Nogueira

General Paulo Sérgio Nogueira

  • General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército.
General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira

General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira

  • Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha.
Almirante Almir Garnier Santos

Almirante Almir Garnier Santos (à direita)

  • O presidente nacional do PL, partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto.
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto

  • Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro que ficou conhecido por ser um dos pilares do “gabinete do ódio”.
Tercio Arnoud Thomaz

Tercio Arnoud Thomaz (à direita)

Ailton Barros, coronel reformado do Exército.

Ailton Barros

Ailton Barros (à direita)

Entre os aliados presos estão:

  • Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro.
Veja quais aliados de Bolsonaro foram alvos de operação da PF

Filipe G. Martins

  • Marcelo Câmara, coronel do Exército e ex-assessor especial de Bolsonaro.
Marcelo Câmara

Marcelo Câmara

  • Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto.
Bernardo Romão Correa Neto

Bernardo Romão Correa Neto

  • Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.

Segundo a PF, “as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, diz a PF em nota.

As investigações da corporação ainda apontam que um segundo eixo de atuação “consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”.