O tema reconstrução de hímen deu o que falar nesta quarta-feira, 7, após uma revelação feita por Maitê Sasdelli. Nas redes sociais, a criadora de conteúdo adulto, que carrega o título de “vagina mais bonita do Brasil”, revelou que se submeteu ao procedimento para “voltar a ser virgem”.

“Assim que estiver pronta para voltar à ativa, vou sortear um assinante do meu OnlyFans para tirar a minha virgindade”, prometeu a biomédica.

A cirurgia da sul-mato-grossense gerou curiosidade em internautas. Pensando nisso, a IstoÉ Gente procurou o Dr. Wendell Uguetto, cirurgião plástico do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, para esclarecer as principais dúvidas sobre o procedimento. Acompanhe:

Como é o processo de reconstrução do hímen?

Wendell explica que, do ponto de vista técnico, mulheres perdem a virgindade quando há o rompimento do hímen — o que geralmente acontece após a primeira relação sexual. De acordo com ele, a himenoplastia, cirurgia de “recuperação da virgindade”, é feita com a reparação dos “folhetos” que cicatrizam ao redor da membrana rompida.

“Na cirurgia a gente reconstrói esses ‘folhetos’, recuperando a anatomia como se o hímen não tivesse sido rompido”, diz.

E tranquiliza: “É um procedimento feito em ambiente hospitalar, com anestesia local e sedação ou anestesia geral. A paciente consegue receber alta no mesmo dia e, no dia seguinte, pode fazer as atividades habituais de trabalho e estudo.”

Segundo o médico, apesar de serem necessários entre 10 a 15 dias de pausa de atividades físicas, a região fica “praticamente sem dor”.

“É comum ter um grau de sangramento leve, como se fosse uma menstruação. No pós-operatório, a gente pede para a paciente usar um absorvente para proteger e não sujar a calcinha. Mas a região não fica dolorida”, garante, ressaltando também que os pontos da cirurgia são absorvíveis e não precisam ser removidos posteriormente.

Quem pode fazer himenoplastia?

Wendell diz que todas mulheres que não tenham hímen complacente podem passar pelo procedimento. “Há mulheres cujo hímen, durante a relação sexual, se abre e fecha, e não é rompido. Nesse caso, não tem porque fazer a cirurgia”, detalha.

Ele ainda explica uma segunda contraindicação: “Quando os folhetos foram rompidos de forma muito específica e não é possível a reparação completa cirúrgica. Mas, na maioria das vezes a gente consegue sim.”

‘Virgindade’ de volta

O especialista ressalta que, normalmente, a primeira relação sexual após a cirurgia é muito parecida com a “primeira vez” de uma mulher.

“A dor na primeira relação sexual depois da cirurgia é relativa, porque a dor no sexo, tanto na primeira vez quanto após a reconstrução, depende muito do grau de relaxamento, de ansiedade da mulher.”

E finaliza: “Tem paciente que relata que foi exatamente como a primeira vez, outras relatam que não tiveram dor. Algumas têm dor. Assim como o sangramento: algumas sangram, outras não.”