Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é colunista da revista Isto É. Começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 50 jornais de todas as capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Apresenta o programa de entrevistas "Líderes em Destaque" na Band Rio. Assina a coluna com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo.

PGR vai convocar eleição para Procuradorias nos Estados e pode engessar sucessor

Substituta de Aras na PGR, Elizeta Ramos tirou do posto de vice-procuradora-geral a colega Lindôra Araújo, notoriamente alinhada ao clã Bolsonaro (Crédito:Ton Molina/Folhapress)
Substituta de Aras na PGR, Elizeta Ramos tirou do posto de vice-procuradora-geral a colega Lindôra Araújo, notoriamente alinhada ao clã Bolsonaro Foto: Ton Molina/Folhapress

Uma informação bomba circula nos corredores do MPF. Pressionada por alguns grupos da base, entre eles procuradores mais afinados com a Lava-Jato, a procuradora-geral interina Elizeta Ramos vai convocar eleições para o comando das procuradorias da República nos Estados e no Distrito Federal.

A eleição, marcada para a próxima semana, pode redefinir o jogo de forças dentro do Ministério Público e engessar a administração do futuro procurador-geral, caso o presidente Lula da Silva decida escolher outro nome, que não Elizeta, para chefiar a PGR.

Em tese, um novo procurador-geral até poderia anular a decisão de Elizeta e convocar novas eleições. Mas a iniciativa seria fonte de enorme desgaste e exigiria força política que nenhum procurador-geral em início de mandato teria.

Procuradores da base, sobretudo alguns que atuaram na Lava-Jato, querem definir logo a escolha dos chefes da Procuradorias nos Estados e no DF para garantir fatias importantes do poder interno, antes que o presidente Lula escolha um procurador-geral anti-lava-jatista.

A Coluna ainda não obteve uma resposta oficial do MPF.