Dezenas de milhares de pessoas protestaram neste domingo (29) em Casablanca, Marrocos, em solidariedade com os palestinos e contra a normalização das relações entre o reino alauita e Israel, observou um jornalista da AFP.

“Parem o genocídio em Gaza”, “Abram o ponto de passagem de Rafah”, “Fechem o escritório de vínculo sionista em Rabat”, diziam os cartazes no protesto, convocado pela Frente Marroquina de Apoio à Palestina e contra a normalização, que reúne partidos de esquerda e islâmicos.

Jamal El Assri, coordenador da coalizão, disse que “centenas de milhares” de pessoas participaram da marcha. Este fluxo “demonstra mais uma vez que o povo marroquino fala a uma só voz, a do apoio ao povo palestino”, declarou.

Homens, mulheres e crianças participaram do protesto carregando kufiyas – um lenço tradicional – e bandeiras palestinas.

“Viemos para expressar a nossa solidariedade com o povo palestino na sua resistência, para pedir o levantamento do bloqueio a Gaza e o fim da guerra”, disse Amina Boukhelkhal, uma das manifestantes.

Marrocos normalizou as suas relações diplomáticas com Israel em dezembro de 2020 no âmbito dos Acordos de Abraão, um processo entre o Estado hebreu e vários países árabes, apoiado pelos Estados Unidos.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada após um ataque sem precedentes do movimento islamista palestino contra o território israelense, em 7 de outubro, que deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis.

Em resposta, o Exército de Israel bombardeia incansavelmente a Faixa de Gaza. O Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007, assegura que mais de 8.000 palestinos morreram até agora nesses bombardeios.

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