O Brasil vai disputar medalha na final dos saltos ornamentais dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, neste sábado. Ingrid Oliveira superou uma crise de sinusite e conseguiu se garantir na decisão, com a quarta melhor marca do dia na plataforma de 10m nesta sexta. Já Giavanna Pedroso sentiu um incômodo muscular no aquecimento e acabou poupada na prova. Na categoria até 75kg do boxe, Viviane Pereira superou a argentina Lorena Balbuena por decisão unânime, avançando às quartas de final.
Ingrid se garantiu entre as 12 finalistas com 318,30 pontos, bem perto da mexicana Alejandra Orozco, que ficou em terceiro com 320,10. A melhor da classificatório foi a canadense Caeli McKay, que fechou o dia com 343,95 pontos, seguida pela também mexicana Gabriela Agundez, com 333,75.
O resultado da brasileira foi melhor do que o somado no Mundial e lhe renderia o sexto lugar na competição disputada em Fukuoka, no Japão, em julho. Na ocasião, ela errou o terceiro salto, fez somente 26,60 pontos, e acabou no 12º lugar. Mesmo assim, garantiu a vaga à Paris-2024.
Nesta sexta-feira, após dois grandes saltos, a brasileira figurou na frente das mexicanas, ao somar 68,80 e 62,40. Um desequilíbrio no terceiro salto – o mesmo que a prejudicou no Mundial – a fez despencar para o sexto lugar no geral, após nota baixa de 47,60. Ela subiu para quinto após a quarta nota e se redimiu ao fechar com excelente 72,00 no último salto para avançar na quarta colocação.
“Tirando a Ásia, o continente americano é o segundo mais forte, então é uma competição de altíssimo nível. Eu já sabia que a prova seria bem disputada e eu estava ali, focada em mim, ciente que só dependia de mim”, afirmou Ingrid.
A tática da brasileira foi não acompanhar as rivais de perto. “Fiquei lá no fundo, perto da natação, nem olhava para as meninas”, revelou. “Fiquei bem feliz, vinha de uma lesão, após o Mundial treinei só três semanas, estava insegura e com medo. Ontem (quinta-feira) fiquei muito ruim, com sinusite, gripe. Acordei no frio e fui almoçar com calor e a sinusite atacou”, disse, revelando que teve ainda de lutar com o corpo para competir. Ela espera estar 100% na final deste sábado, às 19 horas (de Brasília).
TRIUNFO NO BOXE
Um dia após Bolinha largar bem no boxe, foi a vez de a primeira representante do feminino também se destacar. Viviane Pereira se impôs a luta inteira diante da argentina Lorena Balbuena para se garantir nas quartas de final, diante da experiente panamenha Atheyna Bylon, que superou Eyed Angel George, de Trinidad e Tobago, por nocaute técnico. O combate ocorre na terça-feira.
“Eu me senti muito bem. Como acontece em todas as lutas, a primeira foi com nervosismo e ansiedade. Mas eu fiz o trabalho que a gente vem realizando. Treinamos bem e sei que vamos chegar lá”, disse Viviane. “São várias lutas, sei que vamos levar a medalha e conquistar a classificação para Paris-2024. O Brasil está bem,” avaliou a boxeadora de 24 anos.
“Vivi é uma atleta em desenvolvimento, sentiu um pouco a parte psicológica, o que é normal, mas está muito bem treinada técnica e fisicamente. Para ela é muito importante participar de um evento grande como esse e, aos poucos, ela vai se soltando”, avaliou o técnico Mateus Alves, da seleção brasileira.