A Turquia realizou, nesta quinta-feira (5), uma série de ataques com drones contra alvos militares e infraestruturas em regiões sob controle dos curdos na Síria, que deixaram ao menos nove mortos, em retaliação a um atentado em Ancara.
Entre os alvos estavam instalações petrolíferas, uma usina elétrica, uma barragem e uma fábrica na província de Hasaka (nordeste), sob controle das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma coalizão dominada pelos curdos e apoiada pelos Estados Unidos.
De acordo com um comunicado das forças curdas, “seis membros das forças de segurança morreram em um ataque em Amuda” e “dois civis” que andavam em uma moto morreram em outro ataque.
Posteriormente, o porta-voz das FDS, Farhad Chami, confirmou uma nona morte.
No domingo (1º), policiais ficaram feridos em um atentado em Ankara, reivindicado pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em turco), em um confronto contra as autoridades turcas.
Ancara afirmou que os autores do ataque foram treinados na Síria e classificou como “terrorista” a principal integrante das FDS, as Unidades de Proteção Popular (YPG), que considera uma extensão do PKK.
Também foram realizados ataques turcos em represália às posições do PKK no norte do Iraque, na fronteira com a Síria.
“A partir de agora, todas as infraestruturas e instalações, principalmente as energéticas, pertencentes ao PKK e às YPG no Iraque e Síria, são alvos legítimos de nossas forças de segurança”, alertou o ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan.
“Aconselho a terceiros que permaneçam longe de lugares e pessoas afiliadas ao PKK e às YPG”, acrescentou.
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