07/09/2023 - 20:31
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Quarto ciclone extratropical desde junho deixou rastro de destruição em pelo menos 79 municípios do Rio Grande do Sul. Mais de 10 mil estão desalojados ou desabrigados, e outras nove pessoas seguem desaparecidas.As fortes chuvas causadas pela passagem de um ciclone extratropical que avança desde o início desta semana pela região Sul do Brasil já deixaram um saldo de ao menos 42 mortos, segundo dados oficiais atualizados nesta quinta-feira (07/09).
Outras 25 pessoas seguem desaparecidas, nos municípios gaúchos de Muçum, Lajeado e Arroio do Meio. As áreas mais afetadas pelas chuvas estão no Rio Grande do Sul, que até agora contabiliza 41 óbitos, quase 3.000 desabrigados e outros mais de 7.600 desalojados – a pior tragédia natural a se abater sobre o estado, segundo o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
Houve danos em 79 municípios gaúchos. Fortes ventos e enchentes levaram ao bloqueio de estradas e isolaram comunidades inteiras. O Vale do Taquari, na região central, foi a área mais afetada.
Na última segunda-feira, um outro óbito foi registrado em Santa Catarina, onde um homem morreu ao ter o carro atingido por uma árvore.
Estado de calamidade
Após o governador Leite decretar situação de calamidade pública nos municípios gaúchos afetados pelas chuvas, o governo federal deu aval à medida nesta quinta-feira. Com isso, essas cidades devem ter acesso facilitado a recursos para reagir à catástrofe.
Segundo a Defesa Civil gaúcha, 15 das 41 mortes no estado ocorreram em Muçum, onde as chuvas inundaram grande parte do município e muitos moradores foram obrigados a se refugiar nos telhados.
Mais temporais na região durante o feriado
No feriado do Dia da Independência, os ventos e temporais que continuaram a assolar o Rio Grande do Sul deixaram mais de 100 mil pessoas sem energia.
Segundo a concessionária CEEE Grupo Equatorial Energia, o fornecimento começou a ser interrompido já na quarta e totalizava nesta quinta 85 mil consumidores. Na região atendida pela RGE, outros 19 mil endereços foram afetados.
Para esta quinta, a previsão era de mais chuvas e temporais na metade sul do RS, com risco de ventania e queda de granizo. Em outras áreas do estado, incluindo os Vales do Caí e do Taquari, a Serra e o Planalto, poderia haver pancadas de chuva com raios.
RS enfrenta quarto ciclone extratropical desde junho
O ciclone desta semana é o quarto ciclone extratropical a atingir o Rio Grande do Sul desde junho, quando outro ciclone causou a morte de 16 pessoas. Em julho, o fenômeno se repetiu, deixando três mortos e cerca de 1 milhão de pessoas sem eletricidade. Um terceiro ciclone passou em agosto, sem deixar grandes danos.
Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a situação e disse que todo o governo federal se coloca à disposição do governo gaúcho. Já Leite suspendeu as comemorações do 7 de Setembro e prometeu que “não faltarão recursos do governo do Estado para a reconstrução” do Vale do Taquari. O governador sobrevoou as áreas afetadas na quarta.
ra/ip/as/le (Lusa, ots)
