Lucro da Bunge cresce 33% e atinge US$ 271 milhões no 4º tri

São Paulo, 15/2 – A empresa norte-americana de agronegócio Bunge reportou lucro líquido de US$ 271 milhões (US$ 1,83 por ação) no quarto trimestre de 2016, alta de 33% ante igual período do ano anterior, em que a empresa havia divulgado lucro líquido de US$ 203 milhões (US$ 1,31 por ação). As vendas totais foram de US$ 12,06 bilhões, alta de 8,6% ante os US$ 11,1 bilhões no quarto trimestre de 2015. No acumulado de 2016, o lucro líquido foi de US$ 745 milhões (US$ 5,07 por ação), queda de 5,8% ante 2015. Já as vendas somaram US$ 42,9 bilhões (-1,1%). No segmento de agronegócios, o Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 11,6% no quarto trimestre de 2016 ante igual de 2015, para US$ 237 milhões. O movimento, segundo a empresa, foi influenciado pelo baixo resultado nas operações de processamento de soja, que refletiram os estoques apertados da commodity e a demanda fortalecida no mundo. Nos subsetores, o lucro do setor de Oleaginosas recuou 27%, para US$ 134 milhões, e o de Grãos avançou 24%, para US$ 103 milhões. Na divisão de Açúcar e Bioenergia, a alta foi de 200%, de US$ 10 milhões para US$ 30 milhões no trimestre. O bom desempenho, segundo a empresa, foi influenciado pela operação de moagem de cana-de-açúcar, onde os maiores preços do açúcar e do etanol mais do que compensaram a queda nos volumes de esmagamento. Já no setor de Fertilizantes, a alta no trimestre foi de 92%, para US$ 25 milhões, sustentada pelo maior volume no negócio na Argentina. De acordo com o CEO da Bunge, Soren Schroder, a empresa conseguiu se manter forte, mesmo diante do cenário desafiador do setor no mundo. “A Bunge encerrou o quarto trimestre com um desempenho sólido. O agronegócio enfrentou um cenário bastante competitivo, mas encerrou forte”. Ele destacou também a expansão da capacidade no setor de Alimentos e Ingredientes na Europa e fortalecimento da atuação da companhia com joint ventures no Brasil, Vietnã e Canadá. Além disso, a estimativa é que as já anunciadas aquisições de plantas de esmagamento de soja no norte da Europa e moagem de milho no México sejam concluídas no primeiro e segundo trimestre deste ano, respectivamente. Para 2017, a estimativa da empresa é um Ebit de aproximadamente US$ 30 milhões no setor de Fertilizantes. No de Açúcar e Bioenergia, a estimativa é um Ebit entre US$ 100 e 120 milhões. No total do setor de Agronegócio, a estimativa é um Ebit entre US$ 895 milhões e US$ 1,05 bilhões, sustentado pelas safras robustas na América do Sul, principalmente no Brasil.