25/05/2023 - 22:07
Nesta semana, Tata Estaniecki chamou a atenção dos seguidores, em seu Instagram, ao revelar um fato curioso durante o seu puerpério. A influenciadora, que acabou de dar à luz seu segundo filho, descobriu ter uma mama acessória e tratou de compartilhar o fato – para ela, inusitado -, com os fãs.
Tata contou ter percebido na axila algo semelhante a um pelo encravado e resolveu verificar com a sua médica, já que o mesmo havia acontecido na primeira gestação, há três anos. No consultório, ela descobriu que o tal caroço na axila é, na verdade, um canal por onde também jorra o leite materno.
“Gente, simplesmente, muitas pessoas confundem com gordura na axila, mas pode ser uma mama acessória, pelo que ela me falou é muito comum”, disse Tata, na última terça-feira (23), ao publicar uma série de vídeos nos Stories de seu Instagram. Confira a matéria completa clicando aqui.
Mas, o que é mama acessória?
A IstoÉ Gente conversou com especialistas para entender o que é mama acessória e conhecer os cuidados que a mulher deve tomar após descobri-la.
“Mama acessória é o crescimento de tecido mamário fora do local habitual que é a parede anterior do tórax. Normalmente ocorre na região da(s) axila(s). Também são conhecidas como polimastia, mama axilar, supranumerária, extranumerária, pré-axilar e ectópica”, explica o Dr. Ahmed Mourad, especialista em ginecologia e obstetrícia, que atende pacientes em São Paulo.
A situação é mais comum do que se imagina, já que é um processo natural do organismo durante a gestação. O desenvolvimento da mama acessória ocorre devido a uma falha na regressão do tecido mamário.
“Durante o desenvolvimento fetal, as glândulas mamárias se distribuem das axilas até perto da virilha, como acontece em vários mamíferos. No entanto, elas atrofiam e sobram apenas duas mamas. Quando isso acontece de maneira incompleta, resulta na mama acessória. Ela pode aparecer em ambos os lados ou em apenas um”, explica o obstetra.
Mama acessória e câncer
Nos vídeos da influenciadora, ela conta ter ouvido de sua médica que a condição exige cuidados e prevenção contra o câncer, assim como as mamas.
Ouvido pela IstoÉ Gente, o ginecologista e obstetra Dr. César Patez, que atende pacientes em São Mateus-ES, reforçou o alerta. Ele explica que, apesar de não representar uma condição maligna e, portanto, não estar entre os fatores que aumentam o risco de câncer, a mama supranumerária também pode desenvolver essa doença.
“Os cuidados com as mamas devem seguir normalmente de rotina anualmente. Quando o excesso de tecido mamário nessa condição se tornar desconfortável para o paciente por conta de dor ou de questões estéticas, o procedimento cirúrgico de remoção deve ser considerado com muito cuidado para evitar deformidades e para manter uma estética adequada”, destaca o obstetra.
Dr. Ahmed Mourad é especialista em ginecologia/obstetrícia e oncologia pélvica.
CRM/SP: 120139
Dr. César Patez, é ginecologista e obstetra, especialista em endoscopia ginecológica.
CRM/ES: 10186