Na semana passada, o colunista Lucas Pasin, do UOL, informou que Faustão não apresentará mais seu programa diário na Band a partir do dia 31 de maio. Ainda de acordo com a coluna, o futuro do apresentador na emissora é considerado como incerto.

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O apresentador teria até interrompido uma gravação para se reunir com a direção do programa. Nesta reunião, a saída de Fausto teria sido consumada. Além da indicação de que João Guilherme Silva e Anne Lottermann fiquem à frente da atração até julho, quando um novo programa ocupará o horário. Reprises também poderão ser exibidas ao longo da semana.

A coluna do UOL também informa que o comunicador não deve assumir nenhuma atração na Band. O futuro do apresentador não foi revelado, nem mesmo para a atual direção.

O contrato de Fausto Silva com a Band vai até 2026. Em sua segunda passagem pela emissora, ele chegou a abrir mão do próprio salário e injetou dinheiro do próprio bolso para manter a estrutura que queria na nova casa.

IstoÉ Gente procurou Higor Gonçalves, jornalista especializado em gestão estratégica de imagem, que fez uma análise sobre a possível saída de Faustão da Band. Confira!

“O anúncio recente da saída do apresentador, motivada por baixa audiência e por um faturamento deficitário, atesta uma série de erros que começaram com o vazamento da troca de emissoras, em maio de 2021, atravessaram o processo de criação do programa e chegaram até a produção, que enfrentou diversas crises logo após a estreia, em janeiro de 2022”, começou.

“Na minha avaliação, o primeiro lapso foi desconsiderar a atual realidade do mercado de TV no Brasil, que no passado já concentrou os investimentos publicitários, mas que agora os divide com a internet. Outro equívoco foi buscar reproduzir na emissora que figura em quarto lugar no ranking uma estrutura parecida, talvez até maior, com a que tinha na líder de audiência. O momento é de redução, não de aumento de custos. Por fim, acredito que outro erro foi apostar em um programa diário de entretenimento, sobretudo numa faixa de horário em que um programa religioso foi veiculado por anos e na qual as três maiores concorrentes tradicionalmente exibem novelas, atraindo o mesmo público que consome programas de auditório”.

“O ‘Domingão do Faustão’ permaneceu no ar por mais de três décadas, entre 1989 e 2021. Significa dizer que a imagem do Fausto Silva é completamente associada aos domingos. Televisão é hábito. Penso que, continuando aos domingos, porém com uma estrutura mais enxuta, numa faixa de horário similar à que ocupou por mais de 30 anos, e herdando a audiência de competições esportivas, tradicionais nas tardes da Band, o anúncio da saída do apresentador talvez não houvesse ocorrido”, finalizou o jornalista especializado em gestão estratégica de imagem.