(Reuters) – O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está processando seu ex-advogado Michael Cohen em mais de 500 milhões de dólares, de acordo com uma ação em um tribunal federal da Flórida nesta quarta-feira.
O processo ocorre depois que Cohen, que já foi o leal “faz-tudo” de Trump, testemunhou perante um grande júri de Manhattan que mais tarde indiciou Trump por 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais, marcando a primeira vez na história dos EUA que um ex-presidente foi acusado de um crime.
Trump, que está buscando nomeação presidencial republicana de 2024, se declarou inocente nesse caso em 4 de abril. Cohen está prestes a ser uma testemunha importante em qualquer eventual julgamento do caso, que gira em torno de um pagamento secreto que ele fez antes da eleição de 2016 para uma atriz pornô que afirma ter tido um caso com Trump.
O processo acusa Cohen de violar sua relação de advogado e cliente com Trump ao revelar suas “confidências” e “espalhar falsidades” em livros, podcasts e aparições na imprensa.
Ele diz que Cohen erroneamente chamou Trump de “racista” em seu livro de 2020, “Disloyal”, e que ele forjou conversas com Trump.
“O momento da publicação do livro, pouco antes das eleições presidenciais de 3 de novembro de 2020, sugere que o réu pretendia divulgar indevidamente as confidências do autor quando seria mais lucrativo fazê-lo – e enquanto “Disloyal” certamente teria o efeito de reputação mais prejudicial”, disse o processo.
Trump perdeu a eleição para o democrata Joe Biden.
Cohen não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
(Por Jasper Ward em Washington e Luc Cohen em Nova York; reportagem adicional de Karen Freifeld em Nova York)