No dia 16 de janeiro deste ano, o advogado Leandro Mathias de Novaes, de 40 anos, foi atingido por um disparo da própria arma enquanto acompanhava sua mãe durante um exame de ressonância magnética no Laboratório Cura, localizado na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no bairro Jardim Paulista, região central de São Paulo. Após 21 dias internado no Hospital São Luiz, ele morreu na segunda-feira (6).

A informação foi confirmada à IstoÉ pelo advogado Angelo Cavaleri, designado pela família de Leandro para comentar o caso.

De acordo com Cavaleri, Leandro passou por três cirurgias enquanto esteve internado no Hospital São Luiz e o seu estado de saúde era considerado estável. Mas, na segunda, houve algumas complicações em decorrência do disparo e o advogado não resistiu.

“Ainda não há informações a respeito do velório e enterro, estamos aguardando os trâmites legais. O que posso adiantar é que será restrito a família e amigos”, informou Angelo.

OAB Cotia

Leandro atuava como presidente da Comissão de Direito e Prerrogativas na subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Cotia, na região metropolitana de São Paulo.

O órgão lamentou a morte de Leandro por meio de uma publicação no Instagram. “ É com profundo pesar que a OAB Cotia comunica a todos os colegas advogados a perda inesperada do nosso querido amigo e advogado Dr. Leandro Mathias de Novaes. Lamentamos a perda e nos solidarizamos com a família neste momento de dor”, escreveu.

Relembre o caso

O advogado chegou a assinar um termo de contraindicação de campo magnético para acompanhantes. Mesmo assim, ele entrou no local em que seria realizado o exame com a arma na cintura, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) em nota enviada à IstoÉ.

Assim que a máquina foi acionada para realizar o procedimento na mãe do advogado, o magnetismo puxou a arma, que efetuou um disparo que atingiu a região do abdômen de Leandro.

Ele foi socorrido e encaminhado para o Hospital São Luiz.
A SSP-SP informou que o caso foi registrado como disparo acidental no 15° Distrito Policial (Itaim Bibi). “Por meio da numeração da arma, foi constatado que o objeto estava registrado e a vítima possui autorização de porte. Mesmo assim, a autoridade policial solicitou a confirmação das informações para o Exército e a Polícia Federal”, completou.

Quem era o advogado?

Leandro era bem ativo no TikTok, plataforma em que tinha cerca de 7.500 seguidores e quase 500 mil curtidas, e publicava diversos vídeos pró-armas e respondendo algumas perguntas sobre o assunto.

A gravação mais recente foi do advogado respondendo sobre o que um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) deve responder ao ser pego com a arma municiada.

Além disso, em seu perfil no Instagram, que encontra-se no modo “privado”, possuía diversas publicações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).