A indicada do PT para a presidência do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, passará por uma prova de fogo nesta quarta-feira (11) em Brasília. O Conselho do banco analisará em alguns dias o aceite ou recusa ao seu nome para o cargo.

Tarciana é funcionária de carreira, mas nos corredores fontes indicam duas situações que pesam contra ela – embora não acreditem que não vá atrapalhar sua nomeação. Ao ser indicada pelo PT – ela é apadrinhada da deputada federal Erika Kokay e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann – Tarciana “queimou” etapas de praxe para a ascensão ao topo do banco. Tarciana não passou por uma grande diretoria.

Outro fator contra aconteceu há dias. Consta que uma conselheira do fundo Black Rock – o maior fundo de investimentos do mundo, que é sócio do BB – fez agendas conjuntas com Tarciana em Brasília para visita a outros conselheiros. Seu nome é Rachel de Oliveira Maia. E ambas foram conduzidas por um motorista em carro oficial para estas agendas. Tarciana teve o aceite do Black Rock e as visitas teriam o objetivo de minar resistências de outros conselheiros.

O BB é forte em compliance, daí a preocupação dos aliados de Tarciana Medeiros. Embora seja funcionária de carreira há mais de 20 anos e ter gerenciado aéreas importantes do banco de 10 anos para cá, o cargo de presidência, por estatuto, exige mais experiência interna. Conselheiros resistentes citam o Artigo 11 do Estatuto {4o. } / Art. 13 / Art. 24 {4o.}, os Enunciados 2.1, 3.1 e 3.2 da Política de Indicação e Sucessão, e a Lei das S/A. Em suma, os textos apontam para necessidade de notório saber em diferentes áreas do banco.

Apesar das evidentes restrições, a comissão de enquadramento emitiu um parecer no qual declara de que Tarciana Medeiros atendeu aos requisitos. Com a palavra, e voto, o Conselho.

Confira quem são os conselheiros do BB:

Tarciana terá prova de fogo para comandar o Banco do Brasil
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