01/12/2022 - 12:37
O delegado Bruno França Ferreira, que está lotado na cidade de Sorriso, invadiu na noite de segunda-feira (28) uma casa em um condomínio de luxo, localizado em Cuiabá (MT), e assustou os moradores ao apontar a sua arma para eles. A Corregedoria da Polícia Civil afirmou que abriu uma investigação para apurar a conduta do agente.
🚨GRAVE: Um delegado, armado, invadiu a casa de uma família em Cuiabá (MT) com outros 3 agentes. Ele queria prender a moradora, cujo filho teria discutido com o seu enteado. O vídeo mostra que uma criança ficou aterrorizada com o descontrole do policial. É possível ouvir o choro. pic.twitter.com/8En1raP7cC
— Instituto Fogo Cruzado (@fogocruzado) November 30, 2022
No vídeo, divulgado pelo perfil do Instituto Fogo Cruzado no Twitter, é possível ver o momento em que o delegado arrombou a porta da residência, entrou no local na companhia de três policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE) armados com fuzis e mandou os moradores deitarem no chão.
Em um outro momento, pode-se ouvir o delegado dizendo que iria explodir a cabeça da moradora. Uma criança ficou apavorada com a situação e começou a chorar.
Procurada pela IstoÉ, a Polícia Civil informou por meio de nota que o delegado entrou na residência por causa de uma suposta situação de flagrante de descumprimento de uma medida protetiva.
Segundo o delegado, a mulher perseguia, agredia verbalmente e ameaçava fisicamente o seu enteado, de 13 anos. Por conta disso, a Justiça expediu uma ordem para que ela não se aproximasse do garoto enquanto a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente investiga o caso.
Contudo, de acordo com o delegado, a medida protetiva teria sido descumprida na segunda-feira. Ao tomar conhecimento, ele foi à residência da mulher para efetuar a prisão em flagrante.
A câmera de segurança da residência flagrou toda a ação de Bruno França Ferreira. Na quarta-feira (30) a Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT) pediu o afastamento preventivo do delegado e instaurou um procedimento administrativo disciplinar para apurar a sua conduta.
A Polícia Civil também investiga se a mulher descumpriu de fato a medida protetiva.