Paulo Ricardo esteve no “Que História é Essa, Porchat?” desta terça-feira (25) e relembrou a vez que foi preso por porte de drogas. O incidente aconteceu no Aeroporto Tom Jobim, que recebe voos internacionais.

“Eu comecei a ficar preocupado porque a gente costumava viajar com um ‘belôzinho’”, disse ele, explicando que essa era uma gíria usada para uma pequena quantidade de maconha. “Viajávamos todos os dias, para todos os cantos e não dava nada. Porém, nós passamos pela revista da Polícia Federal de voos internacionais”, continuou.

“Eu me senti aquele boi indo para o matadouro. Foi coisa de segundos, mas falei: ‘Vou na fé, vai dar tudo certo’”, brincou o cantor. Na hora de passar no raio-x, foi solicitado que ele abrisse a mala. Lá, encontraram o “belôzinho”.

– O que é isso?

– Um chá.

O policial revelou, então, que não poderia deixar aquela infração passar. “Tá cheio de câmera aqui. Por mim, eu liberava. Mas tá cheio de câmera aqui”, disse o oficial.

Depois disso, o cantor foi conduzido à Polícia Federal. “Tava havendo uma certa comoção porque, dias antes, o Lobão tinha sido preso no Galeão com um celofane de cigarro com resíduos de cocaína”, relembrou ele.

“A gente entende, isso [fumar maconha] é uma coisa normal. O que tá acontecendo é um movimento muito negativo pra gente porque o Lobão quando foi preso ele fez um escarcéu, defendeu a droga e, poxa, essa é uma influência muito ruim para os jovens. Isso, a gente gostaria de evitar”, disse o delegado. “Eu não tenho o menor interesse em fazer apologia à droga. Se a sua preocupação é essa, pode ficar tranquilo”, respondeu o artista. Paulo foi liberado em seguida para fazer o show.

Três meses depois, veio a audiência. “Cheguei nervoso, mas não podia fazer nada. Meu advogado: ‘Excelência…’”. O advogado foi interrompido pelo promotor e começou a fazer um discurso sobre o uso de drogas na sociedade, o que deixou o vocalista do RPM confuso, sem saber se aquilo era uma acusação ou defesa.

“Eu fui no seu show no Canecão com a minha filha e gostei muito. Em reconhecimento aos serviços culturais prestados ao país, o Ministério Público retira a sua queixa”, finalizou o promotor.