A menos de nove dias do primeiro turno, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou que vai tirar férias do cargo no Palácio do Planalto. Presidente do Progressistas e integrante da coordenação de campanha do presidente Jair Bolsonaro, Ciro disse que vai passar a próxima semana no Piauí, para ajudar aliados políticos.
Lá, o partido do ministro chegou a acionar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que não fosse vinculado à campanha de Bolsonaro ao segundo mandato, sob o argumento de que isso seria “fake news”. Sílvio Mendes (União Brasil), candidato ao governo do Piauí apoiado por Nogueira, é o favorito na disputa, mas não quer se associar à impopularidade do presidente. A deputada federal Iracema Portella (PP), ex-mulher de Ciro, é candidata a vice-governadora na chapa de Mendes.
O PL, partido de Bolsonaro, lançou o coronel Diego Melo, terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto. O candidato da situação é Rafael Fonteles, do PT, que está na segunda posição. Nogueira disse à emissora CNN que tem direito a férias e que também vai se dedicar à reeleição de Bolsonaro, buscando votos no Nordeste.
De Brasília, o ministro tem usado as redes sociais para defender o governo e afirmou que a “guerra da desinformação” faz parte da campanha eleitoral. A postura do ministro, um expoente do Centrão e ex-aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é vista como possível entrave a uma aproximação se o petista voltar ao Planalto.