07/09/2022 - 11:15
Milhares de manifestantes vestidos em verde e amarelo estão a postos na manhã desta quarta-feira (7) para assistir o desfile cívico-militar do Sete de Setembro na Esplanada dos Ministérios e demonstrar apoio ao presidente Jair Bolsonaro a cerca de três semanas das eleições.
Algumas das faixas empunhadas defendem uma “intervenção” no Supremo Tribunal Federal e alertam para os riscos de uma suposta “ditadura comunista”. Alguns dos mais extremistas vão além: “Bolsonaro, acione as Forças Armadas e realize uma intervenção democrática”, diz uma delas, escrita em inglês.
Na área central de Brasília, os prédios do Supremo e do Congresso estão isolados por grades de segurança, ladeadas por militares — o bloqueio começa na altura do Palácio do Itamaraty. Pelo menos três trios elétricos foram posicionados no Eixo Monumental — Bolsonaro discursará do alto do veículo alocado no gramado em frente ao parlamento.
A presença de caminhões na Esplanada ficou proibida depois de uma queda de braço entre Bolsonaro e o governador do DF, Ibaneis Rocha. Na noite de terça-feira (6), por pressão do presidente, a Secretaria de Segurança Pública, comandada por um aliado de primeira hora de Anderson Torres, chegou a autorizar a entrada de algumas dezenas de veículos, os quais seriam credenciados pelo Exército. Ibaneis, no entanto, derrubou o aval e declarou que os automóveis se aproximariam dos ministérios somente se usassem “a força”.
A Polícia Militar faz uma revista em massa em manifestantes. Até o momento, segundo a corporação, não foram registradas quaisquer ocorrências.