Diferente de outros artistas que se posicionam sobre política, Cauã Reymond durante a pré-estreia do filme “A Viagem de Pedro”, no Cine Marquise, em São Paulo, se recusou a revelar em quem vai votar nas eleições deste ano, segundo informações da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Na pré-estreia, uma convidada assistia a entrevista de Jair Bolsonaro no Jornal Nacional e brincou: “Todo mundo aqui é Lula. Se não for, pode sair”. Após a fala, o ator foi questionado sobre seu voto e respondeu: “Prefiro falar do filme do que do meu voto”.
Reymond ainda disse que o filme que estreava no evento seria “uma forma de falar sobre política”.
“A gente discute masculinidade tóxica, racismo estrutural, feminismo, tudo dentro da história de dom Pedro. E convido todo o mundo que assistir a imaginar se o nosso dom Pedro no filme tem a ver com o Brasil atual”, alega.
A obra mostra a volta de D. Pedro para Portugal em 1831, após a independência do Brasil. De acordo com o artista, há semelhanças entre o período retratado no filme e o atual cenário brasileiro. “A gente tem um dom Pedro que se dizia liberal, mas quando ficava inseguro era um ditador. Era um dom Pedro que gostava de ficar com os empregados que eram escravos e achava que não era racista, mas era. Acho que a gente tem um Brasil que está bem contraditório também”, finalizou Cauã Reymond.
